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Por que essa startup atraiu marcas como Nubank, iFood e Ambev?

A empresa nasceu com $ 20 mil reais e hoje já arrecada R$ 2 milhões

Por que essa startup atraiu marcas como Nubank, iFood e Ambev?

Victor Lambertucci, diretor-executivo; Sônia Lesse, diretora de experiências; e Lucas Lima, diretor de estratégia da Profissas (Foto: Divulgação)

, Redator

6 min

8 out 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Desde que era estudante, me incomodava muito ver pessoas com muito potencial não tendo as mesmas oportunidades do que outras”, relembra Victor Lambertucci. Ainda na faculdade, ele começou a se envolver com projetos de desenvolvimento de pessoas e inclusão, e reuniu essas frentes de trabalho no Clube Power, uma comunidade que criou no Instagram. Nesse processo, Victor conheceu Lucas Lima, que já tinha um projeto focado em habiliades humanas, e juntos uniram forças para fundar a Profissas.

Como CNPJ, a empresa existe há cerca de 4 anos, inicialmente como uma empresa de cursos online. No entanto, o negócio se reposicionou durante a pandemia, passando a atuar como uma escola de diversidade focada em educação corporativa. Na prática, a Profissas cria programas customizados, eventos, formações online, treinamentos e outros conteúdos educativos para impulsionar talentos e provocar a transformação do mundo corporativo em um ambiente com oportunidades e acolhimento para todas as pessoas. 

“As habilidades humanas são 80% das skills mais importantes para o mercado. Mas não queria trabalhar apenas isso. A partir da minha vivência como homem gay, eu tinha a vontade de preparar as pessoas para a carreira, mas fazer isso com pessoas que têm menos oportunidades, com um olhar especial e afirmativo para pessoas de grupos sub-representados”, afirma Victor.

Ao realinhar o modelo de negócio, a receita saltou de R$ 200 mil em 2020 para mais de R$ 2 milhões em 2021. A companhia fechou negócios com mais de 50 empresas, incluindo iFood, ArcelorMittal, Avon, Grupo Boticário, Loft e Mercado Livre. Para 2022, a expectativa é crescer 300%.

Na mira de grandes marcas

O Potências Negras nasceu como um MVP e virou case de sucesso. Criado pela Profissas em parceria com  Ana Minuto, especialista em diversidade e inclusão com mais de 25 anos de experiência, o evento visa empoderar pessoas negras e conectá-las com uma jornada de desenvolvimento pessoal e de carreira, abrindo oportunidades de recolocação e crescimento no mercado de trabalho.

A primeira edição aconteceu em março de 2021 e, desde então, o evento já contou com 50 mil participantes em suas 3 primeiras edições. O projeto é online 100% gratuito para a comunidade,  com apoio de marcas como Netflix, Ambev, IBM e Creditas. A próxima edição, marcada para novembro, tem como patrocinadores oficiais Nubank, Banco BV, HP e o Learning Village, hub de inovação fundado pela HSM e a SingularityU.

A companhia também organizou o evento Divas na Liderança, da Avon, que impulsionou mulheres negras que estão (ou pretender chegar) a posições de liderança; o programa Mulheres Profissas, da ArcelorMittal, que formou e impulsionou mulheres em processos de sucessão para liderança; e o Potências de Casa, do Grupo Boticário, que conectou colaboradores negros da companhia com talentos pretos e pardos da comunidade.

Este ano, a startup a startup criou uma das maiores comunidades do Brasil para falar sobre Diversidade e Inclusão. Batizada de Juntes pela Diversidade, o espaço reúne lideranças e times de RH e DE&I do país inteiro, com a finalidade de trocar aprendizados, desafios e ficar por dentro das principais tendências e práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão.

Modelo de negócio

Para estruturar a empresa, os sócios juntaram cerca de R$ 20 mil reais. Segundo Victor, a empresa começou a gerar caixa logo nos primeiros projetos. Hoje o time é formado por 15 pessoas fixas e freelancers que atuam de forma recorrente. Até o momento, o negócio cresce com recursos próprios.

“Nossa vertical Profissas Experience segue um modelo de boutique, agência e consultoria para pensar soluções customizadas ao que o cliente precisa. Esse formato não é atrativo para os investidores, por não ser muito escalável”, afirma Victor. “A gente consegue fechar bons projetos de forma recorrente, mas não vai atingir milhares de empresas em um curto espaço de tempo. E o que os VCs e investidores-anjo querem é investir em uma startup que em alguns anos multiplique o dinheiro deles”, acrescenta.

Hoje, os desafios da Profissas são gerar mais recorrência de caixa e um serviço que demande menos energia da equipe. Por isso, a companhia está trabalhando para ampliar o modelo de negócio. Os planos para o próximo mês incluem o lançamento da plataforma de streaming ProfissasPlay, com formações, cursos e conteúdos online que poderão ser adquiridos para empresas disponibilizarem a seus colaboradores. O lançamento está marcado para o fim de outubro, durante o RD Summit, evento de marketing e vendas organizado pela RD Station.

Inicialmente, o acesso será restrito aos colaboradores e empresas. No entanto, Victor não descarta a possibilidade de liberar a plataforma para pessoas físicas – um projeto que deve ser pensado a partir do ano que vem.


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