CEO do Nubank compartilhou quais foram os maiores desafios e as alegrias da companhia até agora, direto do palco do Web Summit Rio. Confira!
Foto: Sam Barnes/Web Summit Rio via Sportsfile
, jornalista da StartSe
5 min
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10 mai 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Quais são as maiores conquistas da empresa que você trabalha hoje? Quais foram os efeitos que ela trouxe para a companhia? David Vélez, CEO e um dos fundadores do Nubank, fez essa análise diretamente do palco do Web Summit Rio.
O evento aconteceu pela primeira vez fora da Europa (confira a cobertura completa aqui) e o Brasil foi o país escolhido. Leia abaixo as reflexões do CEO e entenda como se inspirar para a sua carreira e negócio.
David Vélez contou os bastidores de como foram as primeiras contratações no Nubank. Na época, a empresa funcionava no primeiro andar da casa e Edward Wible, cofundador da empresa, morava no andar de cima (pois havia acabado de chegar dos Estados Unidos).
“Nós acreditamos que a casa foi um grande filtro nas entrevistas, pois algumas pessoas vinham ‘para essa entrevista com um banco online’ e viam a casa e pensavam ‘que perda de tempo. Eles não têm a melhor chance’”, contou.
Mas o que fez a diferença foi aqueles que viram o início da empresa e decidiram ficar. “Nós atraímos o tipo certo de pessoas, pessoas que talvez não sabiam medir o risco. E essas pessoas construíram nosso primeiro DNA, o que eu acho que é muito, muito importante criar nos primeiros dias para que possa ser escalado junto com o resto da companhia”, disse Vélez.
O Nubank nasceu como uma fintech, tendo o cartão de crédito como primeiro produto. Mas, para ter uma operação financeira própria e lançar outros serviços, o banco precisou requisitar uma licença específica, cedida pelo presidente Michel Temer em 2018.
“É constitucional que, no Brasil, estrangeiros não possam investir em bancos. Nós tivemos que obter uma exceção presidencial e essa foi uma grande conquista”, disse Vélez. Apesar de ter sido criada no Brasil, o Nubank recebeu aportes estrangeiros, como o da Sequoia Capital em 2013.
Ao longo de sua trajetória, o Nubank levantou mais de US$ 4 bilhões em capital. No entanto, em alguns momentos o desafio de receber investimento foi ainda maior.
“Em 2017, quando o Brasil estava passando por um impeachment, a mídia não estava favorável. Estávamos sempre receosos em explicar para investidores internacionais que estávamos tentando criar um banco quando todas essas notícias estavam por aí”, comentou o CEO.
Em janeiro de 2016, o Nubank realizou uma rodada de investimento de Série C no valor de US$ 52 milhões, que contou com o Founders Fund, Tiger Global Management, Sequoia Capital e Kaszek Ventures.
Já em dezembro do 2016, os mesmos fundos investiram novamente, com exceção da Kaszek Ventures e adição do DST Global. A série D foi no valor de US$ 80 milhões.
A rodada seguinte (de série E) aconteceu apenas em fevereiro de 2018, no valor de US$ 150 milhões, com DST Global, QED Investors, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, Dragoneer Investment Group e Thrive Capital.
Em 2019, o Nubank iniciou sua expansão internacional e escolheu o México como o primeiro país. Desde então, o banco já investiu mais de US$ 1 bilhão no local. “Foi uma grande conquista quando expandimos no México. Depois fomos para a Colômbia e começamos a aprender a internacionalizar”, disse Vélez, que é colombiano.
+ Por que o Nubank investiu US$ 135 milhões na operação do México?
O CEO do Nubank descreveu a abertura de capital na bolsa de Nova York em 2021 como uma “conquista muito empolgante”. A empresa havia aberto capital na bolsa de valores brasileira, a B3, mas fechou.
O momento foi realmente impactante para o Nubank, que chegou a ser avaliado momentaneamente como o banco mais valioso no Brasil. Agora, seu valor de mercado é de cerca de US$ 27 bilhões.
David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible não poderiam prever o futuro do Nubank quando estavam criando a empresa na casa da rua Califórnia, lá em 2013. Por isso, entender os momentos cruciais da companhia pode ajudar principalmente os empreendedores que estão em dúvida sobre os próximos passos.
Tempos difíceis existem para todos (você percebeu que houve um hiato para o Nubank receber investimentos entre 2016 e 2018?) mas a forma como a empresa lida com isso é que dita o seu futuro.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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