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Conta Simples faz série A de R$ 121 milhões

Rodada foi liderada pelo fundo JAM, do fundador do Tinder, Justin Mateen, e pela Valor Capital.

Conta Simples faz série A de R$ 121 milhões

Cartão Conta Simples (foto: reprodução)

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Seis meses depois de fazer a extensão sua rodada seed, totalizando R$ 28 milhões captados, a fintech Conta Simples fechou uma nova captação bem mais polpuda: R$ 121,4 milhões.

A rodada foi liderada pelo fundo JAM, do fundador do Tinder, Justin Mateen, e pela Valor Capital. A Base10 Partners também entrou. Y Combinator, Quartz e Big Bets, que já eram investidores, também participaram. A fintech ainda tem como investidor a SaaSholic.

O aporte chega menos de duas emanas depois de a mexicana Clara ter se tornado um unicórnio e 4 meses depois de a Cora, de Igor Senra, ter levantado R$ 600 milhões. A Conta Simples se posiciona no meio do caminho entre as duas. Nascida como uma conta digital para pequenos negócios, ela migrou para uma proposta de sistema de gestão para empresas. E essa proposta que a companhia quer impulsionar com a nova injeção de recursos.

Segundo Rodrigo Tognini, cofundador e presidente da fintech, a ideia é dobrar o time ao longo dos próximos 12 meses, chegando a 300 pessoas. Em termos de volume transacionado, a expectativa é chegar a R$ 12 bilhões, o triplo do patamar atual. Em número de contas, o plano é também triplicar, chegando a 120 mil. Ao longo de 2021 a receita da fintech foi multiplicada por 4.

A Conta Simples tem se especializado em atender empreendedores digitais e empresas da nova economia. Na carteira estão nomes como Swile, Justos, Favo, IdWall, Mottu e este Startups (que também recebeu um investimento minoritário da Conta Simples).     

De acordo com Rodrigo, além de contratações, a rodada vai ajudar a companhia a fazer os primeiros testes de produtos de crédito. A ideia, segundo ele, é que no médio prazo a Conta Simples inclua em suas ofertas serviços como cartão de crédito (hoje ela tem o modelo que é atrelado ao saldo da conta corrente), antecipação de recebíveis, financiamento para fornecedores, crédito para impulsionamento de campanhas de marketing digital e até mesmo venture debt.  

Operando no modelo de barriga de aluguel com o banco BV, a Conta Simples entrou recentemente com um pedido no Banco Central para se tornar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). A expectativa é que a licença seja liberada em um prazo de 8 meses a 1 ano.

A entrada no mundo do crédito vai significar uma mudança significativa no modelo de negócios da fintech. É que diferentemente de outros bancos digitais, a Conta Simples tinha escolhido o caminho de oferecer uma conta com cobrança de tarifas por operações realizadas. Isso, no entanto, está mudando.     

Ontem, por exemplo, ela anunciou a isenção da taxa de R$ 1,99 para transferências feitas usando o Pix. Segundo Rodrigo, a tendência é que essa cobrança de tarifas caia para zero e que a concessão de crédito seja a próxima linha de receita da companhia – junto com a tarifa de intercâmbio recebida da bandeira Visa quando os clientes usam o cartão da fintech.  

AQUISIÇÕES A VISTA

Segundo Rodrigo, uma parte menor da rodada também será destinada a possíveis aquisições. Como isso será feito e o perfil dos negócios que poderão ser incorporados ainda não está muito traçado, mas a ideia é que os negócios sejam mais na linha do acqui-hire, trazendo talentos adicionais à estrutura do negócio, mais do que ampliando seu portfólio e sua atuação. “Queremos ficar atentos a oportunidades”, diz.

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