No podcast "Desmarquetize-se", João Branco e Giovanna Bressani abordaram a importância das cores e do design na construção e transmissão da proposta de uma marca. Veja alguns dos principais pontos discutidos.
Imagem: Pexels
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5 min
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18 mai 2024
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Atualizado: 18 mai 2024
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As cores têm um impacto significativo na percepção do produto e na comunicação da proposta de valor da marca.
Por exemplo, “o azul passa um um toque de cuidado. Você vê marcas de farmácia, de hospital, de planos de saúde, em geral, usando o azul mais claro”, diz João Branco, especialista em marketing e que lidera a imersão Marketing Ao Máximo, neste episódio do podcast "Desmarquetize-se" em que conversa com Giovanna Bressani, vice-presidente de marketing da linha de cuidados com a casa da Unilever.
“Agora, quando se fala de comida, vejo marcas mais vermelhas, amarelas, laranjas, marrons, que são cores quentes, que dão apetite, que dão fome, que despertam, assim, uma coisa mais alegre”, completa o especialista em marketing.
Agora, confira alguns dos principais trechos do podcast:
João Branco: Mas e no caso da OMO, será que venderia a mesma coisa se fosse uma caixa rosa choque?
Giovanna Bressani: Então, acho que pra responder isso, tem uma questão da marca em si e da embalagem, né? Quando você falou das cores, é verdade. O azul, ele é muito presente no mundo da limpeza. Por esse aspecto do cuidado, mas também pelo aspecto da limpeza em si. As pessoas olham pra cor azul como uma referência de limpeza pelo histórico de construção dessas categorias, né?
(...) Eu acho que o que você falou de consistência é extremamente importante. E também, se você está lançando uma marca, por exemplo, eu acho muito válido você entender quais são alguns códigos comuns (além da cor, expressões e elementos gráficos) daquele segmento que você está, pra você poder também aproveitar aquilo, e não começar do zero, porque isso ajuda.
Isso porque, você sincroniza aqueles elementos, a sua uma coisa, a sua proposta de valor da marca, com todo aquele design, ou aquela cor específica, ou aquele nome específico que você vai criar, pra poder entregar isso pras pessoas de uma maneira que, em vez de só seguir padrões, quebra os padrões, mas no sentido de chamar a atenção, de ler.
João Branco: Tipo o Nubank roxinho?
Giovanna Bressani: Exato.
João Branco: Uma marca que vira e fala, banco nu. Se propõe a ser mais transparente, coloca uma cor que nenhum banco usa, e rompe um pouco o código geral.
Mas é um risco. Você tem que entregar depois. Se você está fazendo uma promessa, você está fazendo bem diferente. Ou você vai no caminho mais óbvio, todo mundo usa o azul aqui, eu vou usar azul também, transmite cuidado e tal. Ou eu você rompe isso aqui é mostrar que é diferente.
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