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Crise dos 40? O que está acontecendo com Mark Zuckerberg?

A transformação de Zuckerberg vai além do visual, levantando questões sobre sua visão de mundo e o futuro da Meta.

Crise dos 40? O que está acontecendo com Mark Zuckerberg?

Mark Zuckerberg (Reprodução)

, redator(a) da StartSe

6 min

16 jan 2025

Atualizado: 16 jan 2025

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Ele mudou o penteado. O jeito de vestir. Abandonou o visual "nerd" casual e agora surge como um empresário atlético.

Nos últimos anos, Mark Zuckerberg, cofundador e CEO da Meta, passou por um rebranding pessoal significativo, revelando um novo lado que tem gerado controvérsias e questionamentos.

Primeiro, que fique claro: nós não estamos julgando a aparência ou vestimenta de Mark ou de qualquer outra pessoa. Mas, sim, associando esse rebranding a um novo posicionamento e postura do empresário que domina a maior empresa de rede social e mídia do mundo. Isso sim é relevante.

Mark antes era conhecido por sua imagem neutra e compromisso público com diversidade e inclusão. Isso mudou. Ele agora adota uma postura que muitos interpretam como alinhada ao conservadorismo político. A mudança tornou-se mais evidente com sua recente proximidade com Donald Trump, marcada por reuniões fechadas e declarações como a de que empresas precisam de mais “energia masculina”, alimentando críticas e especulações sobre seu verdadeiro posicionamento.

Sob essa nova ótica, decisões estratégicas da Meta, como o fim da checagem de fatos no Facebook e Instagram, reforçam a percepção de que a empresa decidiu colocar-se ao lado de Trump.

Mas, enquanto alguns acreditam que o movimento reflete interesses políticos e econômicos, alinhados aos ventos conservadores nos Estados Unidos, outros argumentam que a mudança expõe um Zuckerberg autêntico, desprovido de sua "máscara corporativa".

A questão que permanece (e não tem como ser respondida agora) é se a Meta, e seu fundador, estão simplesmente se adaptando às dinâmicas políticas ou se isso é um reflexo de valores pessoais que estavam escondidos sob uma narrativa pública cuidadosamente construída.

Um novo Mark em um novo contexto

Desde que se tornou uma das figuras mais poderosas do mundo da tecnologia, Zuckerberg cultivou uma imagem de neutralidade corporativa, combinando discursos sobre inovação com apelos à inclusão. Contudo, sua recente transformação sugere algo mais profundo. O "nerd" despretensioso deu lugar a um empresário que investe na construção de um perfil mais assertivo e controverso. Essa mudança ganhou notoriedade após sua aparição em podcasts defendendo uma “energia masculina” nas empresas, e ao contratar consultores políticos republicanos.

O movimento estratégico pode ser visto como uma reação às críticas de ambos os espectros políticos, que há anos pressionam a Meta. À esquerda, a plataforma é acusada de amplificar discursos de ódio e desinformação. À direita, é criticada por supostamente censurar vozes conservadoras.

O rebranding pessoal de Zuckerberg parece ecoar uma tentativa de reconfigurar a Meta como uma plataforma mais livre, mesmo que isso signifique adotar um tom alinhado às políticas do momento, especialmente durante a administração Trump.

Interesses ou autenticidade?

Enquanto críticos sugerem que Zuckerberg está apenas se moldando às circunstâncias para proteger o domínio da Meta em um mercado altamente polarizado, outros apontam que seu comportamento reflete um posicionamento pessoal que antes era disfarçado. Afinal, pode-se questionar até que ponto a transição de Zuckerberg é estratégica ou uma manifestação tardia de suas verdadeiras convicções.

Em meio às controvérsias, o que se observa é um Zuckerberg mais interessado em moldar o futuro político-cultural de sua empresa do que em seguir as diretrizes de diversidade e inclusão que outrora pareciam ser seus pilares.

A guinada deixa claro que, para ele, manter relevância na tecnologia e na política global exige uma transformação constante – mesmo que isso signifique abandonar antigos discursos.

É claro que somente Mark pode responder o que está acontecendo. Mas essa não parece ser uma questão importante para ele agora. Ele é o que é. E o tempo (e a alternância de governos) irão confirmar se essa postura marca uma nova era de Meta e sua pessoal, ou se era apenas uma crise dos 40.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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