David Vélez, fundador do banco, passa a assumir a liderança global da companhia. A movimentação é um sinal do processo de internacionalização da fintech -- e traz um marco importante para a pauta diversidade de gênero. Entenda.
Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank (Foto: divulgação blog Nubank)
, jornalista
4 min
•
2 abr 2021
•
Atualizado: 16 jun 2023
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Por Sabrina Bezerra
Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, passou a comandar a operação do banco digital no Brasil. David Vélez, fundador da fintech, assume a liderança global da companhia. O movimento foi feito sem barulho. O banco digital não havia anunciado publicamente. No entanto, no balanço de 2020 do Nubank, consta a seguinte informação:
"No dia 19 de fevereiro de 2021, a Companhia reconheceu em Assembleia Geral Extraordinária a renúncia do diretor presidente, Sr. David Vélez Osorno, conforme carta apresentada, sendo conduzida ao cargo de Diretora Presidente a Sra. Cristina Helena Zingaretti Junqueira com efeitos imediatos a partir desta data."
O banco foi questionado sobre a mudança pela StartSe, e disse em nota:
O Nubank informa que fez uma reorganização na sua estrutura no Brasil. David Vélez continua sendo o CEO global (Chief Executive Officer) e Cristina Junqueira, cofundadora da empresa, passa a ser a diretora-presidente da operação no Brasil. A mudança é um passo natural para organizar a governança e apoiar a expansão internacional do Grupo.
A fintech está entre as dez startups mais valiosas do mundo — com valor de mercado de US$ 25 bilhões. Em março deste ano, o banco chegou a atingir a marca de 35 milhões de clientes, aumento de 50% em comparação com março de 2020. No ano passado, a empresa fechou o ano com cerca de R$ 29,6 bilhões depositados pelos clientes, valor 100% maior do que o registrado em 2019.
A mudança de cadeira de Cristina e David é um sinal de que a internacionalização da empresa, que começou em 2019 — quando a fintech abriu escritório no México — está a todo vapor.
Com o cargo de CEO da fintech no Brasil, Cristina traz um marco importante para a pauta diversidade de gênero. Pois, embora a presença de mulheres em cargos de liderança tenha aumentado nos últimos anos, quando o assunto é assumir a presidência da empresa, o percentual ainda é baixo. Segundo a pesquisa Panorama da Mulher 2019, realizada pelo Grupo Talenses, consultoria especializada em recrutamento e seleção, em parceria com o Insper, apenas 13% das empresas têm mulheres sob o comando da companhia no Brasil.
De acordo com o estudo, a maior barreira para a equidade de gênero está no cargo de presidência. "A probabilidade de uma mulher ser presidente é 50% menor do que liderar como diretora e 60% menor do que ocupar cargo de vice-presidente.”
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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