Nenhuma empresa sobrevive sem inovação e a busca pelas soluções mais inovadoras é constante para sair na frente da concorrência. Mas onde buscamos por mais?
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8 min
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6 dez 2023
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Atualizado: 6 dez 2023
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Nenhuma empresa sobrevive sem inovação e a busca pelas soluções mais inovadoras é constante para sair na frente da concorrência, buscar mais espaço no mercado e trazer mais lucro a ser dividido. Mas onde buscamos por mais?
No ano passado, tive a oportunidade de realizar a imersão em inovação no Vale do Silício pela StartSe e lá conheci o professor Jonathan Littman, que nos mostrou de forma criativa as facetas dos dez perfis inovadores para trabalharmos a criatividade e inovação. Um destes em especial, me chamou muita atenção: o Cross Pollinator.
O Cross Pollination, termo que pode ser traduzido como "polinização cruzada", refere-se ao processo em que uma planta é polinizada por outra de espécie diferente, resultando em uma combinação genética única que incorpora características de ambas as plantas.
Um exemplo notável de cross pollination é o icônico copo Stanley, que se tornou uma sensação na América Latina e em todo o mundo.
Essa trajetória exemplifica como a inovação, muitas vezes, resulta de uma fusão criativa de ideias e funções, destacando a importância da polinização cruzada não apenas no reino vegetal, mas também no domínio da inovação e design.
Há alguns anos atrás, quando atuava na área de Employee Experience, estava buscando uma forma da alta liderança se aproximar dos líderes mais juniors e também que todos pudessem evoluir sua capacidade de escuta ativa com o objetivo de gerar mais confiança na equipe.
Me lembrei então de um workshop que participei enquanto fazia um curso, onde o professor estava usando o método de aprendizagem fish bowl para facilitar uma discussão em grupo.
Neste método, as pessoas se organizam em dois círculos, um interno e um externo. Somente quem está no círculo interno pode falar sobre o tema discutido, então, quem tem algo a dizer precisa necessariamente se locomover para esta roda.
Quem está no círculo externo deve somente escutar e fazer anotações. Utilizei então este formato para facilitar algumas discussões entre líderes com o objetivo principal de trabalhar a escuta ativa e conexão entre a liderança.
Ao final de cada rodada, ouvia a percepção dos participantes e como esse exercício havia ajudado a trabalhar estas questões específicas. Nesta época não conhecia a nomenclatura Cross Pollination, mas este também se aplica como um exemplo de uma polinização que deu certo uma vez que utilizei o método para outra finalidade e pude atingir um objetivo de outra natureza.
O cross pollination está muito conectado à colaboração e visão estratégica. Ao passo que é necessário expandir o horizonte para trazer novas descobertas em relação a como resolver um problema, utilizar a expertise de outra área abre seu campo de opções especialmente sobre não ter uma única solução ou resposta certa para este determinado problema. Isso amplia sua criatividade e capacidade de inovar, uma vez que se você só buscar soluções dentro da sua área de atuação, estará se limitando a aprender somente por uma perspectiva.
Em uma cultura de inovação, é importante que a liderança direcione a equipe a encontrar soluções de problemas específicos. É imprescindível que o problema a ser resolvido esteja claro para que a busca seja direcionada e assertiva.
A diversidade é um pilar fundamental para a inovação.
De acordo com o livro “The ten faces of innovation” de Tom Kelley e Jonathan Littman, o Cross Pollinator tem como característica aplicar não somente o que ele sabe, mas também o que aprende, é curioso, mente aberta, captador de insights e também são bons professores, ajudam a disseminar conhecimento e novas ideias.
É importante lembrar que em um ambiente de inovação, muitas ações (projetos, produtos, serviços) estão sendo criados pela primeira vez. Isso quer dizer que nem tudo vai dar certo de primeira, necessita ser lapidado e ter muita abertura para testar quantas vezes for necessário.
Neste caso, a colaboração entre times será a chave para que o ambiente se torne propício à criatividade e não de frustração quando as soluções esperadas não dão certo de primeira.
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Atualmente é gerente dos programas de treinamento do Brasil para a área de experiência do cliente na 99. Nos últimos oito anos esteve imersa em dois dos maiores unicórnios brasileiros - Nubank e Didi, da qual a 99 faz parte. Possui sólida expertise em estruturação de projetos focados na melhoria da experiência de colaboradores, transformação da cultura organizacional e desenvolvimento de líderes. Graduada em administração, especializada em coaching de liderança executiva, alta performance e certificação internacional como Chief Hapiness Officer pela Happiness Business School.
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