Oferta pública do app que conecta consumidores a pequenos comerciantes de moda será feita pela DIVI.hub
, Redator
5 min
•
19 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Pensa em uma startup que utiliza um app próprio para conectar consumidores a comerciantes independentes na sua cidade, colocando uma rede de entregadores à disposição para levar os pedidos de forma rápida à casa dos compradores. Se fosse de comida, você pensaria no iFood, certo? Porém, estamos falando de moda, e esta é a proposta da iFashion, startup carioca que acabou de abrir uma captação via crowdfunding.
O plano da startup, que carrega consigo a alcunha de “primeiro aplicativo de fashion delivery” do mundo, tem a meta de levantar R$ 500 mil em sua oferta pública. A captação será tocada pela DIVI.hub, plataforma especializada no fomento a negócios da indústria criativa e de impacto social, que recentemente liderou os crowdfundings de projetos diferenciados como o Love Cabaret, em São Paulo.
Fundada pelos empresários Carol Hermógenes e Andrew Correa, criadores da marca Capitona, a iFashion teve os seus primeiros passos durante a pandemia, quando muitas empresas tiveram que fechar suas portas, e se adaptar aos meios digitais para vender seus produtos.
Com o investimento, a empresa pretende iniciar sua atuação em cidades piloto no Rio de Janeiro, assim como deve investir em talentos na área de tecnologia e marketing para aprimorar a qualidade do serviço. “Para este começo, estamos focados em atender bem, por isso vamos atuar em um raio limitado de área, com 50 marcas, e a expectativa é que cada uma consiga fazer de 3 a 5 vendas por semana no primeiro mês”, afirma a CEO.
Segundo projetado pela iFashion em seu deck na plataforma da DIVI.hub, a expectativa da companhia é fechar 2022 com uma receita bruta de R$ 350 mil, chegando a mais de R$ 1,5 milhão no ano que vem.
Para a CEO Carol Hermógenes, o foco com a startup é o de fortalecer a presença digital destes produtores, criando uma plataforma em que eles possam alcançar mais consumidores. “Nascemos para selar a parceria entre essas duas pontas, facilitando o processo de compra e fazendo com que pequenos lojistas vendam mais”, explica.
Apesar do plano de começo mais comedido, a empresa quer rapidamente expandir sua atuação, de olho em mercados como São Paulo, Florianópolis e outras cidades que também tem grande concentração de confecções e pequenos produtores de roupas.
Conforme falamos no começo do texto, a iFashion oferece roupas, mais ou menos como o iFood oferece comida. Os comerciantes disponibilizam suas peças na plataforma, o consumidor escolhe e faz o pagamento dentro das opções do app. Feito isso, os couriers da plataforma fazem a entrega no mesmo dia, e o app cobra uma comissão de 20% sobre a transação.
Entendendo o modus operandi da iFashion, fica a questão: os consumidores estão interessados em consumir roupas assim? Segundo Carol, a resposta é positiva, já que o modelo de sua startup permite a entrega das roupas no mesmo dia, enquanto a maioria de lojas online leva dias para levar seus produtos à casa do cliente.
“Além disso, dados do mercado apontam que 71% dos consumidores brasileiros pretendem comprar mais de negócios locais, pelo simples fato que querem que eles permaneçam abertos. Comprar do e no bairro é importante e gera um sentimento de pertencimento à comunidade. Queremos ajudar com isso”, aponta.
Para Ricardo Wendel, da DIVI.hub, muitos compradores de produtos de moda são atraídos pelo conceito de comprar junto a pequenos fabricantes, e o iFashion oferece a possibilidade de fazer isso como uma forma de apoiar o comércio local. “Hoje não temos um marketplace com uma variedade de produtos mais autorais, artesanais. As opção são muito massificadas no online”, avalia.
Com o plano de reforçar ainda mais este posicionamento consciente, a iFashion também pretende incluir recursos como o de curadoria em sua plataforma, ajudando produtores com pouca visibilidade a atingir um público maior – o que segundo Carol também é uma forma de fidelizar comerciantes e clientes dentro do app.
“Vamos também dar um apoio qualificado aos comerciantes, com uma rede de motoboys treinados para a entrega e coleta de roupas em caso de troca. Vamos treinar os lojistas também, com uma base de conteúdo para atender melhor dentro da plataforma, ajudando no gerenciamento de seus estoques e listagens de produto”, pontua Carol.
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