Foi registrada queda nas vendas em todos os produtos da marca, com exceção dos iPads e a categoria de serviços da empresa. Entenda!
iPhone azul (Foto: Unsplash)
, jornalista
5 min
•
3 fev 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Onde há fumaça, há fogo. O balanço das big techs está abaixo das expectativas há um tempo. Agora, bateu na Apple. A empresa, comandada por Tim Cook, recuou 5% para US$ 117,2 bilhões nas vendas no último trimestre de 2022. Para você ter uma noção, é a primeira vez desde 2016 que a companhia entrega um resultado tão abaixo das expectativas.
A queda das vendas foi registrada em todos os produtos da marca, com exceção dos iPads. No entanto, a categoria de serviços da empresa apresentou crescimento (confira mais adiante).
Qual é o motivo da queda? Segundo o CEO da gigante da tecnologia, três fatores contribuíram para isso: o Dólar forte, as restrições impostas pela Covid-19 na China que interromperam a produção dos iPhones e o cenário macroeconômico.
A título de curiosidade, apesar do CEO ter anunciado uma redução salarial, essa medida não foi suficiente para evitar a queda no resultado.
Há hipótese de que, como a fabricação dos aparelhos foi prejudicada por causa das restrições da Covid-19 na China, os clientes não conseguiram encontrar o novo iPhone no período. No entanto, quando os analistas perguntaram na teleconferência, Tim Cook disse que era muito difícil estimar essa possibilidade.
Não à toa. A alta no iPad vai ao encontro do novo comportamento das pessoas: muitas delas, desde a chegada da Covid-19, adotam o teletrabalho e o homeschooling. Assim, o produto da big tech facilita o trabalho remoto e os estudos por ser versátil.
A Apple tem apostado há tempos na diversificação de sua receita, com serviços como Apple TV+, Apple Store e Apple Music. E parece que a estratégia deu certo. Por exemplo, apesar do mercado de streaming estar concorrido, é sem dúvida, um dos mais promissores. São mais de 1,3 bilhão de assinaturas de streamings da indústria de entretenimento audiovisual no mundo, o que levou a um faturamento de US$ 71,9 bilhões em 2021, segundo relatório divulgado pela Motion Picture Association.
Diferente de outras big techs, como Meta e Google, a Apple não pretende cortar os custos e demitir pessoas. Isso porque, durante a teleconferência de resultados trimestrais da empresa, Cook reconheceu os obstáculos enfrentados pela empresa. Mas não citou corte de custos, demissões ou mudanças de estratégia. Na verdade, muito pelo contrário, o CEO disse aos analistas de Wall Street que "quaisquer que sejam os desafios que enfrentamos, nossa estratégia é sempre a mesma", incluindo seus investimentos "em inovação e em pessoas."
A categoria de serviços está indo bem. Assim, a Apple ― que não é boba nem nada ― vai potencializar essa vertical com muita inteligência artificial. Foi o que disse Cook durante uma teleconferência com investidores e jornalistas.
"Vemos um enorme potencial neste espaço para afetar praticamente tudo o que fazemos. Isso afetará todos os serviços que temos", disse o executivo.
A fala vai ao encontro das iniciativas que já começaram: em janeiro, a Apple lançou outro produto voltado para o consumidor no espaço: narrações de livros alimentadas por IA. “É incrível em termos de como a inteligência artificial pode agregar a vida dos clientes", disse ele.
Esse movimento faz sentido quando analisamos o fascínio da inteligência artificial no mundo dos negócios: a chegada do ChatGPT chacoalhou as big techs. Desta forma, muitas estão investindo em startups do setor, outras fazendo aquisições. É o caso, por exemplo, do Google e da Microsoft. E agora, agora a Apple oficialmente entrou na corrida para dominar a IA também.
Os dados confirmam esse movimento: 70% das organizações terão arquiteturas de IA operacionalizadas até 2025, segundo pesquisa da Gartner.
Olhar para outras verticais ― além do atual carro-chefe da empresa ― tem grandes chances de trazer resultados positivos para o negócio, desde seja bem analisado e planejado. Assim, você não depende apenas de uma frente para fechar a receita no azul.
Uma boa sacada para fazer isso? Analise as tecnologias que são tendências (Inteligência Artificial, por exemplo) e como elas podem impactar a sua clientela.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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