Trata-se de uma das estreias mais aguardadas pelo mercado. Será bem-sucedida?
(Foto: Tomohiro Ohsumi Colaborador via Getty Images)
, jornalista
5 min
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25 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A chinesa DiDi, dona da 99 no Brasil, planeja listar ações na NYSE, Bolsa de Valores de Nova York. Segundo documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), a expectativa é levantar cerca de US$ 4 bilhões, onde deve negociar 288 milhões de ações com preço entre US$ 13 e US$ 14 cada — o que seria uma das maiores listagens internacionais em anos. O valor de mercado deve ultrapassar US$ 60 bilhões. Goldman Sachs (Ásia), Morgan Stanley e JPMorgan são os principais subscritores do IPO.
A DiDi Chuxing foi fundada em 2012 e é maior empresa chinesa de transporte por aplicativo. Seus grandes investidores são SoftBank, Uber e Tencent. No ano passado, a receita da companhia foi de US$ 21,6 bilhões. Espera-se que o IPO seja a maior cotação internacional dos Estados Unidos desde que o Alibaba levantou cerca de US$ 25 bilhões quando abriu o capital em 2014. O IPO reforçaria o objetivo da Didi em expandir — com força — para outros mercados além da China. A companhia tem investido, por exemplo, em veículos elétricos e tecnologias autônomas.
Por outro lado, segundo a Bloomberg, a estimativa de valor de mercado de US$ 60 bilhões está abaixo da previsão feita há dois meses — que havia atingido US$ 100 bilhões.
A situação é parecida com o que aconteceu, em 2019, com a Uber, em que foi avaliada em US$ 75,5 bilhões em seu IPO, bem abaixo dos US$ 120 bilhões anunciados um ano antes. Hoje, o valuation da companhia está em torno de US$ 95 bilhões. Vale lembrar que na época, o IPO da Uber foi um dos mais esperados em Wall Street, mas o resultado foi decepcionante. Visto que, após a oferta inicial de US$ 45 dólares por ação, os papéis caíram 7,6%.
Apesar de ser uma das estreias mais aguardadas pelo mercado, o modelo de negócio pode não ser tão atrativo aos investidores. Isso porque, segundo a Forbes, se a avaliação chegar a US$ 100 bilhões, por exemplo, significa que a Didi terá 50% do mercado mundial de caronas e entrega de alimentos. “Algo altamente improvável devido à vasta concorrência em um mercado cada vez mais competitivo.” ”A Softbank precisa mais do IPO da Didi do que os investidores." O comentário não é à toa: o Uber e a Lyft mostraram aos investidores que o compartilhamento de caronas não é um negócio lucrativo devido à intensa concorrência, margens baixas e falta de diferenciação entre os serviços. No Brasil, a empresa mais recente a abandonar o país por baixo lucro foi o Cabify. Mas vamos acompanhar se a DiDi terá uma boa estreia ou não. Estamos de olho.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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