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Demissões em massa nas Big Techs: entenda os diferentes tipos que estão acontecendo

As demissões em massa voltaram… ou nunca foram embora?

Demissões em massa nas Big Techs: entenda os diferentes tipos que estão acontecendo

Foto: Getty Images

, Produção de Conteúdo

10 min

24 nov 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Em tempos de crise, é comum que empresas demitam funcionários. E quanto maior o prejuízo, maior o número de demitidos - pelo menos costuma ser assim. 

No entanto, devido à mais recente crise econômica ocasionada pela pandemia do coronavírus, nós observamos um movimento um tanto quanto intrigante de demissões em massa em startups e empresas consolidadas.

Diversas análises podem ser feitas a partir desta onda de demissões, sobretudo se analisarmos de perto o caso de cada uma das Big Techs que estão sofrendo os efeitos da crise. Dito isso, é possível de perceber que a demissão de 10 mil funcionários da Amazon é bem diferente da demissão de 11 mil funcionários da Meta, por exemplo. 

Nem sempre a demissão em massa é efeito colateral de crise, há vezes em que se enquadra em ajuste estratégico. Especialmente se levarmos em conta o arrefecimento do Venture Capital, aquela expectativa de crescimento infinito caiu por terra, e muitas expectativas projetadas pelo mercado deram de face com uma realidade de resultados não tão gigantescos assim.


Ainda que, de fato, os impactos negativos da pandemia possam ter respingado no comércio devido às políticas dovish na tentativa de aquecimento da economia e geração de empregos ao redor do mundo, o mercado lidou também com falsas projeções que, eventualmente, passaram por reajustes. 

DEMISSÕES NA META

É o caso da Meta, que apostou todas as fichas no metaverso, na esperança de que essa tecnologia viesse para ficar. De certo, a pandemia fomentou a digitalização e virtualização de muitos serviços e atividades do nosso dia a dia. Para não ter que sair de casa, médicos fizeram consultas online; lojas fizeram estandes virtuais focados em CX, e por aí vai. 

Todavia a virtualização não ocorreu como Mark Zuckerberg esperava, pelo menos não por enquanto. É muito mais complexo estar dentro do metaverso do que utilizar um óculos inteligente com algumas funções em realidade aumentada, por exemplo. Todo esse esforço colocado na idealização do metaverso custou muito à Meta que, por um viés de reajuste de estratégias e políticas internas, precisou demitir 11 mil funcionários das equipes de metaverso e inteligência artificial. 

Mark Zuckerberg (foto: Getty)

DEMISSÕES NA AMAZON

Diferente do caso da Amazon, onde os robôs tomaram conta de parte significativa do corpo produtivo da empresa. Corte de 10 mil funcionários, apesar de serem muitas pessoas demitidas, representa apenas cerca de 3% da força de trabalho da empresa. O que chama atenção são os 370 mil robôs em atividade de trabalho.

Recentemente, nós falamos sobre a queda na lucratividade da Amazon. Essa queda tende a se acentuar ainda mais no próximo trimestre. Em cenários como este, a eficiência dos robôs compensa o alto custo dos funcionários humanos, o que justifica a substituição em trabalhos mais manuais. 

Foto: Bloomberg

Ainda que ambas, Meta e Amazon, estejam passando por um ajuste interno, 

Enquanto nos deparamos com cortes de 3% na Amazon e 13% na Meta (que já é um número elevado), o Twitter anuncia corte surpreendente de 50% de sua equipe. No entanto, temos um caso bem atípico aqui, diferente dos possíveis reajustes de mercado que analisamos anteriormente.

DEMISSÕES DE ELON MUSK NO TWITTER

Elon Musk comprou o Twitter e, em seguida, demitiu 3.700 funcionários. Musk pretende reformular a rede social e criar o que chamou de Twitter 2.0. Para isso,  manifestou, logo no início, mudanças bruscas nas políticas de privacidade e funcionamento da empresa, e deu um ultimato aos 3.800 funcionários que restaram: quem ficou tem a opção de trabalhar longas horas, em alta intensidade, ou pedir demissão e receber 3 meses de indenização extra.

A medida, ainda que polêmica, foi justificada por Musk como necessária para recuperar o valor do Twitter, que perde cerca de US$ 4 milhões por dia. 

Imagem: Shutterstock, Twitter e Andrei Morais

Podemos concluir que, neste caso, temos 3 situações bem distintas. A Amazon demitindo em massa por um ajuste de expectativa e realidade, aliado à eficiência operacional; a Meta tentando podar a equipe e cortar fora o setor que, possivelmente, causou a crise na empresa, até encontrar a estratégia certa daqui para frente; e o Twitter de Elon Musk, que está passando por uma repaginação completa. 

As Big Techs são o reflexo da situação econômica mundial. Além destas 3 citadas, há mais algumas passando por momentos de corte de funcionários, crises e reajustes. Estar atualizado e compreender os desdobramentos e motivações de cada uma, é fundamental para quem possui o próprio negócio e deseja ser relevante. 

No mais novo episódio do Podcast Organizações Infinitas, discutimos, em análises mais profundas, os fatores que influenciaram as Big Techs a demitirem em massa, e como isso está respingando no mercado de modo geral. Não perca:
 

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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.

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