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Dogecoin: de meme a criador de milionários

Saiba mais sobre a Dogecoin, a criptomoeda que nasceu como meme e criou milionários. Afinal, o que influencia o valor das criptos?

Dogecoin: de meme a criador de milionários

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, Head de Conteúdo na Captable

7 min

5 mai 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

Memes costumavam ser piadas sem valor monetário. Mas, isso começou a mudar: na semana passada um meme foi vendido por R$ 2,5 milhões, agora uma criptomoeda que começou como meme começa a criar novos milionários. Se você acompanha o Elon Musk no Twitter, provavelmente já ouviu falar na Doge, o CEO da Tesla é um dos maiores apoiadores da moeda. Mas você sabe a origem da moeda? Como a valorização dela vem criando milionários? Entenda mais sobre o meme que virou dinheiro.

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A DOGECOIN

A Dogecoin é uma criptomoeda - assim como o seu irmão mais famoso, o Bitcoin - ou seja, um meio virtual de troca que constrói seu valor sem depender de um banco ou governo, mas por aqueles que usam a moeda. A história da criação da Dogecoin no entanto é um pouco diferente das outras criptomoedas.

A criptomoeda foi inventada em 2013 por Billy Markus, um ex-engenheiro de software da IBM e Jackson Palmer que era gestor de produtos da Adobe na época. Criada como uma resposta ao Bitcoin, a Dogecoin foi inspirada pelo meme 'Doge'. O meme, que começou a circular em 2009, é uma imagem de um cachorro com legendas variadas na famigerada fonte 'Comic Sans', o nome 'doge' nada mais é do que uma escrita incorreta de 'doggy'.

A piada do 'doge' virou coisa séria: deu origem à criptomoeda Dogecoin, que valorizou mais de 1000% em 2021. No entanto, como qualquer criptomoeda, especialmente as iniciantes, o valor da moeda tem grande volatilidade - subindo e descendo de acordo com os níveis de interesse pelo ativo. Esses níveis de interesse têm seguido de perto as menções por nomes influentes nas redes sociais. 

O PAPEL DA INFLUÊNCIA

Influência não é algo novo no mercado financeiro. No mercado tradicional, nomes como Warren Buffet e George Soros são acompanhados de perto - influenciando decisões de investimento baseadas somente na confiança em seus palpites e atitudes. No mercado das criptomoedas essa influência é menos especializada, não exigindo, por exemplo, que esses influenciadores sejam necessariamente investidores de um determinado ativo.

No caso da Dogecoin, esses influenciadores foram os responsáveis pelo crescimento acelerado da valorização. Depois da criação da criptomoeda em 2013, a 'piada' relacionada ao meme perdeu força e os valores da moeda ficaram estáveis. Em 2019, no entanto, o entusiasmo em relação à Doge voltou a subir, inicialmente em fóruns do Reddit, fórum online, o mesmo que foi responsável pela valorização das ações da GameStop.

O Reddit no entanto, passou o bastão para influenciadores de renome, muitos deles ativos principalmente através do Twitter. O fundador do Twitter, Jack Dorsey, inclusive foi um dos responsáveis pela subida do valor de outra criptomoeda, o Bitcoin, quando em fevereiro de 2020 twittou, simplesmente, "#bitcoin". 

Embora o Reddit tenha voltado a exercer influência no preço da Dogecoin em 2019, um novo líder de influência começou a impulsionar a valorização da criptomoeda: Elon Musk. Não é por acaso que Musk já é chamado de "oráculo do hype", tudo que o executivo toca, ganha relevância. 

Bastou um tweet de Elon Musk em dezembro de 2020 para gerar o empurrão que a Dogecoin precisava: "One word: DOGE". O tweet gerou valorização de mais de 20% no valor da Dogecoin, fazendo com que muitos levassem a sério a criptomoeda e solidificando uma tendência de subida de valorização que é vista até hoje. O time dos influenciadores do preço da Doge não para por aí: Snoop Dogg, Gene Simmons e até Kevin Jonas, um dos Jonas Brothers, já twittaram sobre o ativo. 

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MILIONÁRIOS DO MEME

Quem apostou na brincadeira quando o valor da Dogecoin ainda estava em poucos centavos, se deu bem. Segundo documentos que foram disponibilizados em processos jurídicos, John McAfee fez mais de US$ 2 milhões negociando Dogecoins. 

Outros - anônimos - se tornaram milionários e começaram a aparecer na mídia. Um deles, um investidor de Los Angeles, contou à revista americana Newsweek que em fevereiro, investiu o valor total de suas economias, US$ 188 mil, em Dogecoin. Em abril, o investimento já valia quase US$ 2 milhões.

O investidor comprou Dogecoins quando valiam US$ 0,05 cada, hoje, o valor está em torno de US$ 0,60. Caso ainda não tenha vendido os ativos comprados, o lucro foi ainda maior. Na reportagem, o investidor declarou que não iria vender os ativos, por causa de impostos sobre ganhos em curtos períodos nos EUA. Portanto, os ganhos devem ter sido ainda maiores.

COMO COMPRAR DOGECOIN NO BRASIL?

Como explicado, criptomoedas sofrem com alta volatilidade em ciclos de altas e baixas que não são para todo mundo. É preciso muita estabilidade emocional e saber que o dinheiro investido pode desvalorizar. Mas, para os que curtem fortes emoções, há maneiras indiretas de investir na moeda no Brasil - comprando Bitcoin e transformando em Dogecoin, por exemplo. Basta conferir se uma exchange oferece a possibilidade, como a Binance.

POR QUE IMPORTA?

Os grandes ganhos de capital em criptomoedas menores, como a Dogecoin, merecem atenção, pois são uma oportunidade de entender como funcionam as criptomoedas como um todo. Os investimentos nos criptoativos mais obscuros são mais arriscados e possuem menos alternativas para compra em corretoras nacionais.

No entanto, entender como os influencers de cripto impactam no valor das moedas é fundamental para tentar prever valorizações - ou desvalorizações - de uma determinada criptomoeda. Além disso, vale perceber que as maiores valorizações ocorrem quando se aposta em uma moeda com valor ainda muito baixo, inicial. Porém, quanto mais baixo for o valor da moeda, mais arriscado se torna o investimento.

Há como se fazer um paralelo com o investimento em startups, por exemplo. Quem investiu no Méliuz, por exemplo, em seu princípio, correu muito mais risco, mas multiplicou inúmeras vezes mais seu capital que quem investiu próximo ou após o IPO. Assim como nas criptomoedas, investir em startups em estágios muito iniciais incorre em maiores riscos.

A lei do risco versus retorno, apesar de vinda do mercado tradicional, continua se aplicando nas novas formas de investir. Seja criptomoedas, startups, bolsa de valores, a estratégia para balancear essa relação continua sendo a mesma: diversificar. Ao dividir o valor investido em diferentes ativos, com diferentes níveis de risco, é possível garantir exposição à valorizações exponenciais, mas com certa proteção em caso da queda do valor de algum deles.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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