O Banco Central anunciou o novo nome da moeda digital brasileira; entenda como a inovação está funcionando aqui e em outros países
Real digital (foto: unsplash/montagem/Getty)
, jornalista da StartSe
7 min
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11 ago 2023
•
Atualizado: 11 ago 2023
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O Real Digital agora possui um novo nome: Drex. A nova moeda digital é um CBDC – ou seja, uma moeda digital e oficial criada pelo próprio Banco Central.
Não. Como mencionamos, o Drex é uma CBDC emitida e regulamentada por um órgão financeiro. Já as criptomoedas são descentralizadas e funcionam através da blockchain.
1 Drex custará 1 real. Por isso, o Drex não sofrerá com as flutuações de valor típicas de criptomoedas justamente por estar associada à uma moeda fiduciária (o real).
O Banco Central lançou o Pix e a transação instantânea continua sendo um sucesso, tendo um papel importantíssimo na digitalização dos pagamentos. Agora a intenção é que o Drex eleve os pagamentos digitais para um novo nível – e que os valores movimentados sejam apenas digitais, sem mais papel e moedas. A sua carteira ficará mais vazia, mas é no bom sentido…
Uma maior digitalização dos pagamentos, menos custos na impressão do dinheiro físico e uma facilidade na gestão financeira. Com o Drex, os valores podem ficar concentrados em uma só conta, ao invés de vários bancos.
Outro benefício é a simplificação das transações, pois a novidade tira os intermediários do processo de pagamento, como bandeiras de cartão. Nós listamos todos os benefícios do Drex neste artigo.
Ainda não há uma previsão de lançamento oficial para o Drex. Atualmente, a moeda digital brasileira está em fase de testes. No entanto, já podemos aprender um pouquinho com as experiências de outros países…
A moeda digital chinesa é chamada de “yuan digital” e foi lançada no início deste ano, em um projeto-piloto que começou em Pequim. Inicialmente, o projeto foi focado na adoção por pessoas físicas, mas o governo chinês encontrou uma grande concorrência nos modelos já vigentes no país: Alipay e WeChat.
Os chineses já realizam pagamentos online e instantâneos através de suas carteiras digitais e não viam motivos para mudar a rotina. Agora, de acordo com o The Block, o Banco Central chinês tem pivotado para uma estratégia B2B.
Na prática, o objetivo é estimular a adoção do yuan digital por bancos e varejistas, por exemplo, para incentivar que a novidade chegue a um maior número de usuários. A expectativa é que os bancos passem a pagar salários em yuan digital (como o próprio governo está fazendo em Pequim) e que mais estabelecimentos físicos e online passem a aceitar essa CBDC.
Uma moeda digital já lançada e que não tem sido bem recebida pelo público é a eNaira, da Nigéria. O governo nigeriano chegou a oferecer descontos e até mesmo reduzir o número de cédulas que poderiam ser sacadas por cada empresa e habitante para incentivar o uso do dinheiro digital. Não adiantou: as medidas iniciaram protestos, segundo relatos da Coindesk.
Além do Brasil, China e Nigéria, outros países estão criando suas próprias moedas digitais – e vários já estão em fase de testes, como a Índia (com o digital rupee) e o Japão (com o yen digital).
Mas, como é possível analisar com os exemplos que já possuímos do uso de CBDCs, a adoção vai muito além da barreira de entendimento desta inovação, mas também sobre como transformar a rotina de países inteiros. Acompanhemos as cenas dos próximos capítulos…
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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