A Live Cake visa alavancar as vendas de marcas e varejistas com transmissões de vídeo ao vivo pela internet
Joao Ramirez e Bazinho-Ferraz (Fonte: divulgação)
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5 min
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15 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A B&Partners, growth network global que atua como aceleradora para empresas de digital, tecnologia, inovação e criatividade, e como venture para plataformas de martechs, acaba de lançar a Live Cake, uma startup de live shopping para varejistas de todos os portes, setores e regiões. Esse é o 14º negócio criado pela companhia desde a sua fundação em 2018 e o 3ª do ano.
A Live Cake opera como um studio de conteúdo direcionado por dados para lojas, ajudando marcas e varejistas a venderem seus produtos em tempo real com transmissões de vídeo ao vivo pela internet. A empresa utiliza tecnologias proprietárias para avaliar o potencial de canais, influenciadores e apresentadores, somando a isso ferramentas de análise de dados de plataformas sociais e uma equipe de business intelligence, planejadores, criadores, diretores e roteiristas com experiência em televendas, social vídeo e social commerce.
O objetivo é profissionalizar a produção de conteúdo para live commerce, gerando tráfego e monetizando as audiências de diferentes plataformas digitais. “O live shop é a grande tendência do varejo para os próximos anos”, afirma Bazinho Ferraz, fundador da B&Partners. Ele destaca que mais de 20% das vendas online na China já são realizadas por meio de liveshop, com influenciadores vendendo milhões de produtos em questão de minutos. “A modalidade já vem crescendo fora do país, e acreditamos muito no potencial no Brasil”, analisa o executivo.
A startup será liderada pelo CEO João Ramirez, especialista em livestreaming e estratégia digital que entrou para o Guinness em 1996 com a 1ª transmissão ao vivo pela internet no Brasil. Com 28 anos de carreira, o profissional já dirigiu centenas de lives para marcas e prestou consultoria em projetos de e-commerce, TV e web para DIVI-Hub, UOL, Band, entre outros. No quadro de sócios da Live Cake estão também Nelson Botega e Vitor Knijnik, do Snack.
O e-commerce não sofreu nenhuma grande revolução desde o seu surgimento; ele nada mais é do que um catálogo de papel transposto para a tela”, afirma João. O processo de compra, é claro, ficou mais ágil do que era nos métodos tradicionais, mas o consumidor ainda tem que fazer algumas ações para concluir a sua compra. É buscar o produto no campo de busca, encontrar o item certo, adicionar ao carrinho, confirmar o pedido… Com o live shop, tudo isso deve ser facilitado.
Digamos que um influenciador ensina um tutorial de beleza durante uma live. O usuário, ao invés de mudar de tela e procurar os produtos, pode simplesmente clicar na tela e já ser direcionado para a compra. E ainda vê todos os comentários, dicas e opiniões do influencer em tempo real. “O live shop traz para o comércio eletrônico um tipo de humanização que não tem no e-commerce”, diz João.
Cara a cara com o influenciador, a chance de persuasão de compra é ainda maior. Sabe quando você entra em uma loja física para comprar apenas uma calça e o vendedor te convence a pegar uma blusa ou sapato que combine? Pois bem. Essa indução não ocorre no e-commerce, mas pode ganhar força com um vendedor conversando com você em tempo real na tela do celular. “O live-commerce traz de volta o protagonismo no papel do vendedor”, argumenta o CEO da Live Cake.
O recurso, segundo o executivo, não é apenas para moda ou produtos de beleza. A ideia é que o live shop seja utilizado para comprar qualquer coisa, de cosméticos a carros e apartamentos. “Talvez essa seja a primeira grande evolução do e-commerce, um comércio eletrônico 2.0 em vídeo e preferencialmente ao vivo. As marcas que não aderirem vão ficar para trás em uma estratégia muito forte”, pontua. Com a base da B&Partners, a Live Cake já nasce bem estruturada para atender esse mercado e quer ser o principal parceiro das marcas e varejistas nesse processo.
Com 250 clientes e mil funcionários, a B&Partners atua em 7 países com suas empresas especialistas em marketing, vendas e tecnologia. A holding atua como um marketplace de soluções e plataformas para toda a jornada das marcas em 9 pilares: web3, data, consulting, retail, games, interactive, experience, media tech e content. Sem abrir dados específicos, a organização afirma que seu faturamento cresceu 137% de 2019 a 2021 e 23% no 1º semestre de 2022 comparado ao mesmo período do ano anterior.
A Live Cake projeta faturar R$ 4 milhões no primeiro ano de atuação. “Diferente de uma produção de conteúdo, o nosso foco é vendas e conversão. Queremos ter dezenas, centenas e quem sabe milhares de clientes fazendo lives diariamente”, conclui João.
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