Redução na Ebanx acontece em meio a cenário de incertezas e por decisão de se concentrar no negócio de pagamentos internacionais
Foto: via Startups
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Em um raro movimento de ser proativo na comunicação de uma redução em seu quadro de funcionários, o Ebanx anunciou hoje um corte de 20% de seu quadro, o que equivale a cerca de 340 pessoas de um total de mais de 1,7 mil. A lista de pessoas desligadas já etá disponível no site Layoffs Brasil.
A redução é resultado de uma reestruturação nos negócios que levou a companhia a se concentrar em seu negócio principal (e original), os pagamentos internacionais. Com isso, estruturas foram reformuladas e alguns projetos forma descontinuados. A companhia não deu detalhes do que foi tirado do ar.
O Startups apurou que entre os projetos desativados estão o site de notícias LABS. A fintech Juno, que atua com meio de pagamento para pequenas empresas que vendem pela internet, e foi comprada em outubro do ano passado, também perdeu prioridade e estaria à venda.
A decisão de fazer a reestruturação foi tomada tomada com base no cenário atual do mercado de tecnologia como um todo, impactado de forma profunda e veloz pelo ambiente macroeconômico. “O Ebanx mantém o compromisso com sua sustentabilidade e crescimento, seguindo na missão de gerar acesso entre consumidores e empresas globais”, informou a companhia em comunicado.
O Startups apurou que a companhia teria tido dificuldade em digerir a compra da Remessa Online, com isso o resultado Ebitda ficou negativo, o que aumentou a pressão internamente.
De acordo com a Ebanx, os funcionários impactados por essa reestruturação receberão, juntamente com a sua rescisão, um pacote diferenciado de benefícios que inclui valores adicionais e extensão do plano de saúde, além do computador de trabalho.
Nascida em Curitiba com uma empresa de pagamentos focada em empresas internacionais com interesse em atuar no Brasil – como Uber, Spotify, Shopee e AliExpress – a Ebanx não era da linhagem de startups que capta sucessivas rodadas de investimento para crescer, mas levantou US$ 460 milhões em 3 rodadas. A mais significativa, em junho/21, de US$ 400 milhões com a Advent, foi uma rodada pré-IPO. A informação é que a Ebanx chegou a entrar com um pedido sigiloso para fazer sua listagem nos EUA, mas voltou atrás porque a janela do mercado fechou.
O aporte da Advent foi anunciado cerca de 10 dias depois de a uruguaia dLocal fazer seu IPO na Nasdaq valendo US$ 11 bilhões.
Em seu processo de crescimento, o unicórnio abriu o leque de atuação, lançando carteira digital para consumidores e até maquinha de pagamento com cartão. Em dezembro, ela comprou a Remessa Online, por R$ 1,2 bilhão. em fevereiro, a companhia anunciou a contratação da executiva Paula Bellizia. Em maio, a companhia fechou um acordo com o Citibank, para fazer a cobrança digital de ponta a ponta para os clientes institucionais do banco na América Latina.
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