Pioneiro, Bruno Peroni começou empreendendo olhando para o mundo das startups. Aqui ele conta sobre investimentos de risco, PMF e dá dicas para quem quer investir -- ou ser investida
, Jornalista
6 min
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9 set 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
O cenário das startups no Brasil mudou e Bruno Peroni, sócio e Head de relacionamento na Warren Brasil e um dos fundadores da WOW Aceleradora, acha que para melhor. A palavra da vez vai ser disciplina e não crescimento a qualquer custo.
“É importante falar do momento agora, porque mudou a cabeça dos investidores e acaba vindo de cima pra baixo para os empreendedores.” Para ele, alguns excessos criaram ritmos de crescimento acelerados que não se sustentaram. “E aí os incentivos acabam sendo: como eu monto meu negócio pra crescer o mais rápido possível pra chegar na próxima rodada o mais rápido possível, não numa lógica de como eu monto um negócio sustentável.”
O resultado a gente tem visto, mas para Bruno o resultado pode ser positivo e um ajuste muito saudável. Até porque, as empresas estavam queimando capital antes de ter os drivers de crescimento e até o Product Market Fit definidos.
Uma questão que ronda a vida dos empreendedores e startupeiros é o Product Market Fit, que, claro, faz parte do rol de temas que perpassam a experiência de Bruno com startups e aceleradoras. Ele, inclusive, trouxe a tese da Y Combinator ao Brasil lá em 2011, criando uma aceleradora focada em desenvolver os negócios no país de forma bem pioneira.
Nesses 10 anos, ele percebeu que como startups são modelos de negócios inovadores, focados em experimentação em um ambiente de extrema incerteza, o objetivo é encontrar um modelo de negócio viável e repetível.
“Eu tenho que ter certeza sobre a minha persona, qual problema ou necessidade que eu tô resolvendo, qual é o preço que eu tô cobrando, qual o produto que eu tenho… se eu tenho todos esses elementos juntos eu consigo dizer que eu tenho um Product Market Fit”, explica. “De um lado eu sei que eu tô sempre vendendo pra mesma persona, que tem o mesmo problema, pelo mesmo preço, pro mesmo produto, certo? E do outro lado eu tenho sinais claros de satisfação.”
Entrando no mundo de startups e inovação, foi natural que Bruno caminhasse para o venture capital. A partir disso, ele tem pontos que leva em conta na hora de investir em uma startup, que serve tanto para guiar quem quer investir, mas também para as startups que querem se preparar para receber capital.
Primeiro, ele leva em conta a afinidade com os empreendedores ou empreendedora, considerando o trabalho que vão fazer juntos. Depois ele lista: potencial do negócio, maturidade e a que preço.
“É aquela história: se te convidam para entrar num foguete, você nem pergunta pra onde tá indo… Mais ou menos, né?”
Se você quer saber mais sobre investimentos e crescimento de startups, os cases de sucesso da WOW, a visão de mercado de Bruno e como está o movimento no Brasil hoje, não deixe de conferir a conversa que ele teve com Marcelo Pimenta, head of growth da StartSe, no PMEx Podcast:
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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