O homem mais rico do mundo agora tem sua própria rede social. Confira os planos de Musk
Elon Musk (Foto: Getty Images)
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7 min
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25 abr 2022
•
Atualizado: 19 jul 2023
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Por Tainá Freitas
Em 2017, Elon Musk twittou que ama o Twitter e um jornalista respondeu, sugerindo que ele deveria comprar a plataforma. “Quanto custa?”, o homem mais rico do mundo perguntou (embora ele não tivesse esse título na época). Temos a resposta: o Twitter custa US$ 44 bilhões – e sabemos disso pois Musk adquiriu a rede social nesta segunda-feira (25).
No anúncio da aquisição, Musk afirmou que quer transformar a companhia. “Eu quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, transformando os algoritmos em código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos”, disse.
Desde que se tornou acionista da companhia, ele tem feito perguntas aos usuários sobre os caminhos que a empresa deve tomar – o que pode incluir o polêmico botão de edição de tweet. Outro ponto que ele insiste é a liberdade de expressão – e que o Twitter é a plataforma onde importantes assuntos da sociedade são debatidos.
Os acionistas do Twitter irão receber US$ 54,20 por ação. A quantia é 38% maior do que o valor das ações no dia primeiro de abril, antes de Musk adquirir 9% da companhia. O negócio ainda deve ser aprovado pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos.
Embora não tenha seguido com a ideia em 2017, Elon Musk tem sido um usuário ativo da plataforma e comentado sobre o papel social e político das redes sociais. Ele afirmou, recentemente, que gostaria de ter a própria rede; e em 5 de abril, se tornou o maior acionista do Twitter.
A história foi escalando até que veio a oferta definitiva, no maior estilo “pegar ou largar”. Foram momentos tensos: Musk negou participar do conselho administrativo da companhia. Na carta enviada à SEC (o equivalente a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), disse que a companhia não iria prosperar se continuasse como estava – o que incluía ser uma empresa pública.
O bilionário deixou claro que a oferta de US$ 54,20 por ação seria única, definitiva e que, se não fosse aceita, ele poderia rever sua posição societária na companhia. De início, o conselho de administração do Twitter relutou e chegou a ter estratégias para impedir a aquisição, mas claramente, ambas as partes chegaram a um acordo.
No dia 24 de março, antes mesmo de investir na empresa, o CEO da Tesla e SpaceX já havia feito uma enquete em seu perfil sobre a possibilidade de o Twitter se tornar uma plataforma de código aberto. Na prática, isso significa que os algoritmos podem ser vistos por todos – o que permite inspirações, sugestões de melhorias e identificação de erros.
Já há um veredicto: 82,7% dos usuários apertaram “sim”. Foram mais de um milhão de votos (uma parcela pequena dos mais de 83 milhões de seguidores de Musk). O bilionário acredita que possíveis vieses tecnológicos podem impactar a opinião pública e até mesmo o que as pessoas estão vendo em suas linhas do tempo.
Aqui, vários tweets de Musk poderiam ser exemplificados para defender o que ele considera ser liberdade de expressão. Na prática, isto pode mudar a forma de moderação de conteúdo na rede social – o que tem sido uma grande preocupação para os usuários.
Nesta segunda-feira (25), ele escreveu: “desejo que até mesmo os meus piores críticos continuem no Twitter, porque é isso que liberdade de expressão significa”. Em resposta, os usuários trazem preocupações entre os limites da liberdade de expressão x desinformação – um grande problema que essa e outras redes sociais têm enfrentado.
Um dos princípios do Twitter são os pequenos textos (e, consequentemente, o exercício da síntese). No início, eram apenas 140 caracteres; agora, são o dobro. Novamente, ele contou, na rede social, que acredita que a rede está “atrasada” e, portanto, deveria permitir textos mais longos.
Um botão de edição no Twitter não é apenas uma solicitação de Elon Musk. No dia primeiro de abril, conhecido como “dia da mentira”, a rede social postou no próprio perfil oficial, em tom de brincadeira, que estava trabalhando no botão de edição. O tweet teve mais de um milhão de curtidas.
Já por sua vez, Elon Musk externa sua necessidade por um botão de edição desde 2019, quando twittou sobre isso. Ironicamente, uma das respostas dos usuários foi: “compre o Twitter e coloque o botão de edição”. Será que agora vai?
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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