Open Innovation abre possibilidades para empresas iniciantes chegarem ao mercado com soluções inovadoras
Paineis solares no topo de edifício (foto: Nuno Marques/Unsplash)
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Por Daniel Navas
Normalmente, quando olhamos para a estrutura de uma grande empresa, logo pensamos que ela é capaz de se autossustentar em todas as frentes que atua. Mas é fundamental não deixar de olhar para a inovação, mesmo em startups do mercado, e incentivar iniciativas que realmente coloquem essa mentalidade como principal missão. Foi assim que a equipe da Enel chegou à criação da área chamada de Open Innovation.
Considerado um ponto de inteligência, este setor identifica novas startups que tenham tecnologias e serviços ideais para solucionar algum desafio da empresa do setor de energia. “Funciona assim: uma área da Enel quer realizar o seu trabalho de uma forma mais eficiente, mais barata e com maior alcance, por exemplo. E aí, eles entram em contato com a gente, de Open Innovation, para fazermos uma pesquisa entre as startups a fim de identificar se já existe no mercado uma tecnologia para resolver esta dor”, explica Loren Almeida, head do Innovation Hub da Enel Brasil.
A partir daí, ao encontrar quem tenha esta solução, é negociada uma parceria a fim de fazer com que esta tecnologia, ou até mesmo um protótipo, seja desenvolvido em colaboração com a empresa de energia.
Loren reitera que o foco da Enel Brasil é desenvolver projetos para o mercado e não comprar, acelerar, ou investir nas startups. “Podemos desenvolver uma prova de conceito, propor um projeto ou testar um novo serviço para que seja feito de forma conjunta. Ou seja, a startup traz um tipo de expertise e a Enel traz outro, disponibilizando seus laboratórios de testes. É uma parceria de fato”, conta Loren.
O ganho, claro, é para todos. Afinal de contas, as startups muitas vezes precisam de volume para testar o que estão fazendo. E esta parceria com a Enel acaba sendo um portfólio relevante para quem está começando. “Uma pequena empresa que tem em sua carteira de clientes a nossa companhia pode ganhar mais destaque e mais acesso a recursos. É um cartão de visita para novos clientes”, argumenta a head.
Para tangibilizar a importância da área de Open Innovation tanto para a Enel quanto para as startups, Loren dá um ótimo exemplo. “Nós fizemos uma chamada e encontramos a Horus, empresa que desenvolve drones e soluções de inteligência. Então, por meio de desenvolvimento conjunto com a Enel, criamos veículos aéreos com foco em manutenção preditiva de equipamentos do setor elétrico. Ou seja, durante os voos, os drones, com a ajuda de algoritmos, identificam fios, postes e transformadores danificados”, conta.
Então, à medida em que o drone sobrevoa um determinado espaço, mapeando toda a rede, ele envia um aviso para a central da Enel de algo que tenha queimado, que precisa trocar, ou fazer um reparo manualmente. Com isso, ganha-se agilidade na identificação do problema e na priorização do trabalho das equipes.
A colaboração com a Enel permitiu à Horus ampliar seu portfólio de serviços. A empresa tem participado de rodadas de investimento, recebendo aportes crescentes para desenvolver sua estrutura. É um caso bastante positivo”, comemora Loren.
Para este ano, a empresa do setor de energia busca soluções que visam o uso de matérias-primas mais sustentáveis, modos de produção mais eficientes e seguros e novos materiais. “Temos buscado desenvolver inovações ligadas à eficiência energética e economia circular. Precisamos criar uma forma mais sustentável e isso vai demandar tecnologia”, aponta a head de Open Innovation.
Então, fica a dica para as startups que possuem soluções ligadas à sustentabilidade. Quem sabe você pode ser o próximo parceiro da Enel e ainda colaborar com o meio ambiente? Saiba mais no site https://openinnovability.enel.com/pt.
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