Empreendimentos ligados ao cosmos atraíram mais de US$ 15 bilhões em financiamento total durante 2021
Imagem do espaço feita pelo telescópio James Webb (foto: divulgação/NASA)
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3 min
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14 jul 2022
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Atualizado: 5 jun 2023
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Por Ana Julia Guimarães
Se toda startup é como um foguete que só quer subir, então nada mais natural do que o espaço ser um grande mercado para as empresas da nova economia. Isso explica o investimento em startups espaciais ter crescido tanto em 2021, em parte devido à agressividade dos americanos nos investimentos e aos juros baixos do ano.
A SpaceX, de Elon Musk, por exemplo, recebeu a maior captação com cerca US$ 1,8 bilhão de fundos de investimentos. A Startup promete revolucionar a maneira como pensamos em viagens ao espaço.
Logo em seguida, a Startup OneWeb, que recebeu US$ 1,5 bilhão em financiamento de capital de risco. A empresa pretende, através do acesso à toda infraestrutura terrestre, romper as barreiras de conectividade, acessibilidade e alfabetização digital de economias e comunidades. Não à toa, parece que todo mundo voltou a olhar para o espaço.
Nesta terça-feira (12), a NASA divulgou o primeiro lote de imagens coloridas do telescópio espacial James Webb – que é o principal observatório de ciência espacial do mundo.
As imagens mostram, pela primeira vez, o agrupamento de galáxias e permite uma visão mais nítida e colorida. Tecnologias como essa nos permitem o avanço em relação ao conhecimento do mundo e proporciona melhorias ao cuidado com o meio ambiente.
Através das fotografias, já será possível responder às questões fundamentais do universo. Esse monitoramento, inclusive, pode agilizar a identificação de fenômenos naturais, desastres ambientais, queimadas, desmatamento e condições meteorológicas. Ponto de grande importância para os mercados de agro.
As perspectivas do crescimento do turismo espacial também trazem uma análise promissora. Na China, a estatal CAS Space anunciou um acordo com a gigante de Hong-Kong China Tourism Group para acelerar na criação de um mercado de viagens para o espaço. Segundo a Reuters, os primeiros voos de teste estão programados para 2023, com trajetos que chegam a 100 km de altitude – na linha do que Virgin Galactic, SpaceX e Blue Origin já oferecem.
Do outro lado, iniciativas mais práticas como o lançamento de satélites de internet de alta velocidade, como a Starlink, também abrem novas possibilidades para as tecnologias espaciais se tornarem rentáveis em curto prazo.
Porém, com as incertezas no cenário macroeconômico, surge a dúvida: será que essa nova exploração espacial tem futuro?
Segundo a BryceTec, responsável por análises e reports do mercado da engenharia, “para sustentar os níveis de investimento observados em 2021, as startups espaciais precisarão aplacar as preocupações dos investidores. Para as empresas que se tornaram públicas, a transparência proporcionada pelos relatórios trimestrais ajudam, mas também criam pressão sobre os números”.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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