CEO da Tesla e da Space X atribui desistência aos bots e contas falsas na plataforma
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3 min
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11 jul 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Ana Julia Guimarães
Depois de algum tempo negociando a aquisição do Twitter, Elon Musk, CEO da Tesla e da Space X, anunciou na última sexta-feira (8) que decidiu encerrar o acordo avaliado em US$ 44 bilhões.
Os bots e usuários fakes do Twitter já tinham sido questionados pelo CEO da Tesla, e agora foram apontados como a causa para a compra não se concretizar. Segundo os documentos enviados por Elon Musk ao SEC, Órgão de Negócios dos Estados Unidos, a rede social não conseguiu justificar o número de robôs e contas falsas na plataforma e, portanto, feriu cláusulas do contrato.
Vale lembrar que quando assinaram o acordo pela primeira vez, Elon Musk e o Twitter concordaram em pagar uma taxa de rescisão de US$1 bilhão em caso de desistência. Do lado do empresário, a “multa” seria para o caso de ele não conseguir o financiamento para concluir a compra (o que, até o momento, não conseguiu), já do lado da plataforma, caso encontrasse outro comprador ou um acionista que se voltasse contra a oferta de Musk, por exemplo.
FIM DE ACORDO PODE VIRAR CASO DE JUSTIÇA
Ainda segundo os documentos, Musk informou que, por quase dois meses, tentou fazer uma avaliação independente para identificar a prevalência dessas contas falsas ou spam na plataforma do Twitter. E com isso, fica evidente que o empresário pretende sair dessa sem pagar nenhuma taxa.
O Twitter ainda aposta no acordo: “o Conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com Musk e planeja buscar ações globais para fazer cumprir o acordo de fusão”, twittou o presidente da plataforma, Bret Taylor, uma hora após Musk anunciar que não seguiria com o negócio. O CEO da Tesla revidou com um Tweet: “nos veremos no tribunal”.
Conforme a repercussão do assunto se prolonga, as ações do Twitter desabam. Hoje, antes mesmo da abertura do pregão, houve a diminuição de quase 6% do valor.
E o que antes era um plano de Elon Musk para deixar a plataforma melhor do que nunca, com produtos aprimorados e transformação de algoritmos, agora se tornou uma batalha legal extensa. “Se abstenham de twittar, slacking ou compartilhar qualquer comentário sobre a fusão”, disse Sean Edgett, conselheiro geral do Twitter aos funcionários da empresa.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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