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Indústria 4.0: como o Brasil pode se tornar competitivo?

Marcos Matias, presidente da Schneider Electric no Brasil, fala sobre as iniciativas para avanço da Indústria 4.0 no Brasil e os desafios das empresas que passam por essa transformação.

Indústria 4.0: como o Brasil pode se tornar competitivo?

Marcos Matias, presidente da Schneider Electric no Brasil (foto: divulgação)

, Palestrante e Mentor de Vendas B2B

8 min

30 set 2021

Atualizado: 25 mai 2023

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Por Rodrigo Portes, executivo e autor do livro “Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI”.

Marcos Matias, presidente da Schneider Electric no Brasil, é o entrevistado da coluna sobre Indústria 4.0 da StartSe. Ele responde e comenta sobre o déficit tecnológico industrial do país e sobre o potencial das empresas nacionais para despontarem como competidoras no cenário global.

Para você, quais são os principais desafios para uma empresa que deseja se adequar a Indústria 4.0 no Brasil?

Há alguns anos discutimos o conceito de Indústria 4.0, que engloba a modernização das linhas produtivas com o uso de tecnologia. Recursos de Internet das Coisas, por exemplo, são implementados para a coleta de dados por meio de sensores. Com a pandemia, esse processo de modernização também se acelerou. Mesmo fábricas tradicionais começaram a buscar alternativas que permitissem a assistência à distância e a manutenção preditiva, por exemplo.

Na Schneider Electric, essa é hoje uma das nossas prioridades. Exemplo disso é o Remote Expert, novo serviço de assistência à distância da Schneider. Com ele, por meio de óculos de realidade aumentada, os operadores podem transmitir a visão da sua operação para  especialistas, ou seja, contato direto para resolver falhas de equipamentos. Isso evita deslocamento desnecessário de equipes de manutenção. A Schneider tem outras soluções (muitas no formato máquinas/software como serviço) que também evitam o deslocamento de funcionários em fábricas e operações.

Acredito que esse seja o maior impacto do atual momento na indústria.

Existe algum setor no Brasil que está mais adiantado na Indústria 4.0?

A indústria brasileira de maneira geral, tem uma lacuna de tecnologia muito relevante! Boa parte da indústria nacional ainda opera com equipamentos da década de 80... E algumas ainda mais antigas... Isso faz com que o Brasil ainda tenha muito espaço para avançar em tecnologias digitais e transformadoras da Indústria 4.0. Não vejo que um determinado segmento esteja mais avançado do que outro. Vejo, sim,  empresas que estão investindo muito em I4.0. Por exemplo, indústrias de cosméticos utilizando a digitalização para otimização de matéria-prima e redução de desperdícios. Portanto, acredito que não exista um setor, mas sim, empresas que estão se despontando no assunto e com isso se destacando no mercado.

Homem usando notebook em uma fábrica (foto: Tom Werner/Getty)

Faltam políticas públicas para a indústria 4.0?

Sim, a indústria brasileira precisa de incentivos para evoluir.  Quando comparado às demais nações, o país ocupa a 69ª posição nesse quesito. Uma pesquisa publicada pela McKinsey & Company e pelo World Economic Forum identificou fábricas consideradas faróis da inovação em todo o mundo. Grande parte delas está situada na Europa (uma delas da Schneider, inclusive), na China e nos Estados Unidos. Países como Alemanha e Portugal também aparecem como grandes investidores para o avanço do setor industrial. Caso contrário seremos sempre vistos como o celeiro do mundo ou fornecedores de matéria-prima e nunca de produto acabado por falta de competitividade (situação que pode mudar com a indústria 4.0)!

Entendo que o Brasil precise buscar competitividade de suas indústrias, e pra isso, incentivar a adoção de tecnologias que promovam aumento de performance, pode ser absolutamente benéfico para colocar o Brasil competitivo frente aos países asiáticos. Políticas de fomento para a pequena e média indústria podem ser a locomotiva industrial do nosso país! Mas precisamos de algo que seja de fácil adoção do empresariado (algo de fato ao alcance das indústrias).

Quais as competências que o novo profissional da indústria 4.0 precisa ter para se manter atualizado e continuar com o seu nível de empregabilidade elevado?

Em tempos como o que estamos vivendo, ser digital se tornou imprescindível. Por isso, acabamos por acelerar as habilidades digitais de nossos colaboradores, com maior adesão às ferramentas e aos treinamentos online oferecidos. 

Outra evolução percebida foi na disponibilidade dos Treinadores Internos em compartilhar seus conhecimentos nos mais diversos temas: Metodologias Ágeis, Transformação Digital, Data Analytics, Sustentabilidade e Cybersegurança, entre outros.

Certamente a forma como aprendemos e que habilidades e competências técnicas queremos desenvolver passarão por uma transformação total e a Schneider está totalmente preparada para isso.

Hoje, temos 1,6 mil colaboradores atuando no Brasil e constantemente estamos gerando empregos. Neste contexto, a tecnologia contribui diretamente para  aperfeiçoar os processos seletivos e fazer da Schneider Electric uma empresa cada vez mais diversificada, inclusiva e igualitária.

Oferecemos oportunidades tanto de aprendizagem e estágio para profissionais em início de carreira quanto para profissionais mais experientes e que pretendem se aperfeiçoar ao trabalhar na Schneider Electric. Procuramos pessoas apaixonadas, em todos os níveis,  para nos ajudar a inovar e a construir um futuro em que todos possam aproveitar a energia da melhor forma.

Schneider Electric (foto: divulgação)

Como você acredita que a Schneider pode contribuir com esse novo cenário tecnológico da indústria 4.0 no país?

Tanto no mercado residencial quanto predial ou industrial, o nosso posicionamento é de entregar soluções cada vez mais digitais e com o propósito de gerir corretamente o uso da energia elétrica e, consequentemente, proteger o meio ambiente ao reduzir o desperdício de recursos naturais. A Schneider Electric segue produzindo tecnologia para que os ideais de sustentabilidade sejam atingidos. 

Neste ano, a Schneider Electric foi eleita a empresa mais sustentável do mundo pelo Corporate Knights, além de ter renovado seu Programa de Impacto Sustentável (SSI), que abrange o período de 2021 a 2025, e representa uma aceleração significativa das metas anteriores.

São seis compromissos concretos a serem alcançados até 2025, que envolvem o aumento de receitas verdes em até 80%, a redução de 800 megatoneladas de emissões de CO2 pela empresa e ainda a redução de emissões de CO2 de operações de mil fornecedores em 50%. 

A Schneider Electric também iniciou a transformação da Unidade Industrial Blumenau (SC), maior em volume e footprint industrial na América do Sul. O objetivo é digitalizar a operação da fábrica e implementar uma série de ferramentas do conceito smart factory, tidas como referência no uso de tecnologias digitais na Indústria 4.0

Vale também citar o Centro de Distribuição Inteligente, em Cajamar (SP), que é carbono zero. Trata-se de um dos seis centros de distribuição inteligentes da Schneider Electric no mundo – os outros ficam na Austrália, na China, na França, na Índia e nos Emirados Árabes.

O CD é equipado com tecnologias e soluções para monitoramento em tempo real de consumo de energia elétrica, câmeras, automação de iluminação e persianas, gestão do consumo de água, informações operacionais para controle, além de atuar como um modelo para a digitalização industrial, apoiando o desenvolvimento da agenda nacional da Indústria 4.0. Sua arquitetura é habilitada para IoT, aberta e interoperável. 

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Executivo e autor de 2 e-books sobre indústria 4.0: "Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI" e "Como desmistificar a indústria 4.0 e aplicá-la ao seu negócio".

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