As startups que oferecem soluções de serviços financeiros deixaram de existir por motivos como: falta de investimento, validação do negócio e modelo ultrapassado. Saiba como aprender com os erros dessas empresas e quais cuidados você deve ter ao fundar uma fintech!
Cansado, triste, trabalho (Foto: pixelfit via Getty Images)
, jornalista
5 min
•
8 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Existem startups que dão certo, mas também têm as que fracassam. Para você ter uma noção, 90% delas dão errado, segundo o CB Insights.
Nesta lista, estão as fintechs — que oferecem soluções de serviços financeiros — que deixaram de existir por motivos como: falta de investimento, validação do negócio e modelo ultrapassado.
Por isso, se você tem uma fintech ou está pensando em fundar uma, se liga nos detalhes dos erros mais comuns e quais cuidados você deve ter. Afinal, já diz o ditado: “aprenda com os erros dos outros”.
A falta de injeção de capital é o principal motivo para o fracasso das fintechs. Um exemplo é a Wingocard, plataforma de finanças pessoais para adolescentes fundada em 2021. Na época, tinha 75 mil pessoas na lista de espera, conseguiu US$ 2 milhões de investimento inicial, mas a falta de novos investidores fez a empresa quebrar em maio de 2022.
Outro erro comum é as fintechs oferecerem inovações muito semelhantes com as de empresas mais estabelecidas no mercado, como Apple Pay e Google Pay, por exemplo.
“O que acaba sendo mais complicado porque ela num mercado com grandes competidores já estabelecidos no mercado”, diz em entrevista à StartSe Maria Kopacek, CEO e cofundadora da IDEZ, startup que ajuda empreendedores a digitalizarem operações financeiras. “A grande vantagem da fintech é explorar nichos que esses grandes players não exploram”, completa.
Ao fundar uma fintech, é importante levar em consideração que estamos no Mundo BANI, em que um dos pilares é a fragilidade — tudo, inclusive as certezas atuais, podem mudar de uma hora para outra. Por isso, é importante sempre ter novos planos para mudar a rota.
Ou seja, não vale ficar preso a um único canal. É preciso encontrar maneiras de ganhar dinheiro em escala com novos modelos de negócios.
“Um dos erros que eu vejo que algumas fintechs cometem é querer abraçar tudo sozinha. (...) Poderia começar tendo como parceiro outras empresas”, afirma Maria.
Evite escolher soluções e tecnologias mais baratas e rápidas de implementar no seu negócio. Isso porque, o barato pode sair caro. É o que afirma Thiago Campaz, CEO e co-fundador do VExpenses.
“Quando falamos de serviços financeiros, tudo é muito delicado: precisão das informações e segurança são bons exemplos disso”, afirma. A dica é: “escolha os melhores parceiros e fornecedores”, completa.
Segundo ele, em geral, rapidamente essa decisão cobra seu preço, porque logo a fintech nota que o barato começa a sair caro.
“Quando a startup começa, há uma oferta significativa de parceiros/fornecedores, muitas coisas que são vendidas como "prontas", "plug and play" e é preciso redobrar a atenção”, diz ele.
“É preciso focar em dores relevantes de nichos que os grandes bancos não possuem interesse em focar, mas que ainda são mercados enormes para serem explorados”, afirma Thiago.
É importante ficar de olho nos erros e nas dicas listadas acima caso você queira abrir o próprio negócio ‒ mesmo não sendo necessariamente uma fintech. Algumas delas podem, com certeza, inspirar você e evitar com que caia em ciladas. Caso queira saber mais sobre empreendedorismo, confira aqui qual estratégia seguir e quais ferramentas usar na hora de começar um negócio.
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, jornalista
Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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