Empreendedores que focarem no produto, na retenção de talentos e na construção de uma cultura forte terão mais chances de passar por esse período. Saiba mais.
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6 min
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15 set 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Juliana Irala, da Captable Brasil.
Nem tudo é mais difícil em uma recessão. Algumas coisas ficam até mais fáceis. As quedas do mercado removem distrações e ampliam problemas implorando por soluções imediatas. Grandes empresas como Microsoft, WhatsApp, Instagram e Uber emergiram durante momentos de recessão e são uma prova de que as crises premiam a inovação.
As manchetes podem acentuar as mudanças do mercado, mas há casos que provam que sucesso é possível. Assim, aqui estão quatro dicas para como escalar uma startup durante um período de recessão:
O capital antes abundante permitiu que muitas startups crescessem mesmo não apresentando lucro. Não mais. Agora, os empreendedores têm que concentrar seus esforços no que realmente gera receita e atrai clientes, deixando de lado orçamentos inchados e projetos paralelos. Tudo isso para que possam permanecer no jogo.
O dinheiro deu uma “secada”, mas se os empreendedores precisarem de dinheiro, ainda têm onde encontrar – especialmente para aqueles de empresas em estágio inicial. Os investimentos em Série A podem ter atingido o pico em 2021, mas permanecem historicamente altos… Ou seja, os investidores ainda têm grandes quantias de capital esperando para serem investidas.
Mas para conseguir o cheque, os empreendedores têm de ser mais do que apenas bons no pitch; têm que apresentar números. Uma base de clientes em crescimento, forte retenção e baixas taxas de queima de caixa abrirão as portas para oportunidades de investimento.
Nesse momento, também não é útil focar no preço das ações ou valuation. Afinal, elas sobem e descem. O importante é levantar o capital necessário para escalar o negócio, já que as startups que permanecerem no jogo poderão recuperar suas valorizações nas rodadas posteriores.
Quando o assunto é como gastar o dinheiro, a chave é estratégia. Para os empreendedores: deem uma atenção às despesas gerais e negocie, e, então, volte a olhar para o recurso mais importante: a equipe.
Muitas startups congelam as contratações durante recessões ou tomam decisões mais drásticas, como demissões em massa (as tão faladas no noticiário…). Mas há algo fundamental em jogo aqui: sem pessoas, a startup não consegue crescer.
Lembre: as recessões oferecem uma enorme vantagem de recrutamento à medida que os concorrentes não estão olhando para o mercado.
Agora não é hora de segredos ou chavões. A equipe também acompanha as notícias e têm noção do que está acontecendo no mercado e, por isso, é importante ser transparente sobre onde a empresa está.
A comunicação frequente é fundamental. Uma semana é muito tempo para esperar por atualizações quando a pista é meses, e não anos.
A inflação está em alta e o mercado em baixa. Mas isso não precisa sinalizar o fim da próxima geração de empreendedores. As recessões fazem os empreendedores entrarem em modo de “luta” e aqueles que sobreviverem vão emergir ainda mais fortes.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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