A growPack recebeu investimento da Ambev para testar e produzir suas embalagens recicladas em larga escala para a gigante das bebidas. Conheça a tecnologia da startup e as metas ESG da Ambev.
esg-ambev-investe-em-embalagens-reciclaveis (Foto: GettyImages).
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8 min
•
13 ago 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Na onda do ESG, a Ambev anunciou que planeja ter 100% de suas embalagens produzidas com material reciclado ou retornáveis até 2025. Para atingir as metas de sustentabilidade e reduzir a poluição por plásticos, a Ambev investiu na growPack, em uma rodada seed de valor não divulgado. A growPack é uma startup que utiliza tecnologia regenarativa para desenvolver embalagens fabricadas com compostos orgânicos - ou seja, da própria natureza.
Apesar de não divulgar o valor específico investido na growPack, a Ambev afirmou ter aportado mais de R$ 12 milhões em iniciativas sustentáveis nos últimos anos. O objetivo do investimento da empresa é realizar um projeto piloto - utilizando as embalagens produzidas com biomaterial - em alguns pontos de venda em São Paulo ainda neste ano. Após a testagem com os consumidores de São Paulo, a intenção é produzir esse tipo de embalagem em larga escala em 2022.
As embalagens da growPack são produzidas com rejeitos agrícolas - sendo o material principal a palha de milho. O material é obtido de forma 100% mecânica, ou seja, não há aditivos químicos ou efluentes. Depois de utilizada, o descarte da embalagem é realizado de maneira compostável ou reciclado da mesma forma que a cadeia do papel.
A ideia da startup é que as embalagens possuam um ciclo completamente sustentável, em uma economia bio-baseada. Segundo a Ambev, as embalagens consomem 80% menos água, reduz 50% das emissões de CO2 (gás carbônico) e poupa 25% de energia elétrica quando comparada ao papel cartão tradicional.
O objetivo da Ambev é se posicionar cada vez mais como uma empresa sustentável. Segundo a empresa, iniciativas como essa, que reduzem os impactos da operação ao meio ambiente, devem ser cada vez mais empregadas em todas as áreas. Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Suprimentos e Sustentabilidade da Ambev, afirma que a empresa "está testando novas soluções, considerando matérias primas sustentáveis para a produção de embalagens e ampliação da cultura do retornável até atingir nossa meta zero de emissões plásticas até 2025".
Como nem todas as iniciativas sustentáveis podem ser produzidas 100% dentro da empresa, a Ambev busca firmar parcerias com parceiros estratégicos, especialmente startups, que possam ajudá-la a atingir os objetivos ESG, que devem se tornar cada vez mais agressivos à medida que se aproxima da data limite de 2025, quando deve atingir 0% de emissões plásticas. Ao mesmo tempo que apóia ideias sustentáveis, as iniciativas da Ambev estimulam o empreendedorismo e o ecossistema de startups.
Em 2020, a Ambev atingiu 47% de conteúdo reciclado nas embalagens de vidro, 45% nas embalagens PET e 74% nas latas de alumínio no Brasil. Com a iniciativa junto à growPack - aliada a outras que devem entrar em operação - o objetivo é minimizar ainda mais os impactos do negócio no meio ambiente. Os resultados alcançados até aqui demonstram que o olhar para transformações sustentáveis dentro da companhia está apresentando resultados e contribuições positivas à natureza.
A busca da Ambev por soluções desenvolvidas por startups demonstra o quão essenciais são as ESG Enablers, as startups que oferecem maneiras de colocar em prática os princípios do ESG. Em empresas gigantes, tradicionais, é difícil que se desenvolvam iniciativas próprias para reduzir todos os impactos que o negócio possa causar no meio ambiente - a ajuda das startups é essencial pois já trazem soluções testadas, pelo menos em pequena escala, e possibilitam colocar em prática, agora em larga escala, através das parcerias.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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