O ESG está se tornando uma prioridade para pequenas, médias e grandes empresas; entenda as iniciativas que estão transformando o mercado
Foto: baranozdemir/Getty Images
, jornalista da StartSe
6 min
•
10 ago 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Por Tainá Freitas
Não importa qual é o setor da sua empresa: se o ESG ainda não é uma prioridade, deve se tornar em breve. A sigla – que em português significa ambiental, social e governança – traz as diretrizes para tornar companhias mais conscientes e com impacto ambiental positivo.
Para os investidores, não há dúvidas: eles estão interessados em empresas e fundos que fortalecem esses pilares. Segundo a Anbima, em março de 2022, o patrimônio de fundos ESG chegou em R$ 2,01 bilhões. Em 2008, esse número era de R$ 1,03 bilhão. E a expectativa é que esses números continuem aumentando.
Enquanto isso, 67% dos consumidores possuem o hábito de pesquisar as práticas de ESG das empresas antes de fazer compras, segundo um relatório da Opinion Box. Dentre as três letras de impacto, o “ambiental” é a vertical mais buscada pelos clientes.
Mas o que cabe em cada letra do ESG? Há diversas formas de trabalhar a sigla e nós falamos sobre elas no ESG Day, realizado nesta terça-feira (9), na StartSe.
Não há estranhamento quando vendedores possuem metas de vendas, por exemplo. Mas e se eles tiverem metas de ESG? Agora, para as empresas se fortalecerem em cada pilar do ESG, a tendência é de que executivos tenham metas relacionadas à iniciativa.
Segundo pesquisa da Mereo, agora 54% dos gerentes têm seus bônus impactados por metas ESG. Isso é mais comum principalmente nas áreas de operações e comercial (dentre os setores que não são naturalmente ESG, é claro). A pesquisa foi realizada com 149 empresas de médio e pequeno porte de 30 diferentes setores.
As empresas começaram a investir em diversidade antes da popularização do ESG, mas o movimento foi semelhante: há uma grande expectativa externa de investidores e clientes. Mas quando falamos sobre social, há o consenso de que é apenas sobre diversidade, embora existam diversos caminhos possíveis.
“Investir no social também pode ser fomentar a comunidade ao redor da empresa, melhorando a qualidade de vida do entorno e investindo em educação para que as pessoas próximas possam trabalhar na própria companhia”, explica Rodrigo Cavalcanti, CEO da Phomenta. Além disso, ele conta que o “S” pode ser estimulado através de voluntariado, projetos sociais, entre outras iniciativas.
Utilizar energia de fonte renovável diminui a pegada de carbono e traz pontos para a agenda ESG. Por isso, o mercado está em alta e o Brasil é um dos países destaque devido a oferta de energia solar e eólica. Há uma nova vertical de fintechs que está se fortalecendo: as que ajudam a financiar painéis de energia solar, por exemplo, como a SolFácil.
Enquanto isso, empresas como o iFood estão apostando em uma logística mais limpa. Recentemente, a companhia realizou uma parceria com a Voltz para facilitar o acesso de entregadores a motos elétricas. Atualmente, segundo André Borges, líder de sustentabilidade do iFood, há 300 motos elétricas nas ruas de São Paulo. A meta para o fim do ano que vem é de alcançar 10 mil veículos elétricos na logística de entrega na cidade.
A pegada de carbono é um dos índices mais importantes quando falamos sobre ESG. É o cálculo da emissão total de gases de efeito estufa. Para um produto, por exemplo, além do impacto direto (produção, logística de entrega, etc) é necessário pensar também em como ele será usado pelo consumidor, gastos com a energia elétrica e transporte de funcionários dos escritórios, etc.
“A compensação não é apenas para as grandes empresas, mas também para as PMEs e pessoas físicas. Todo mundo emite e contribui para a poluição mundial”, explica Fernanda Castilho, general manager da Moss, empresa que disponibiliza a compra de créditos de carbono.
A recomendação da especialista é que as empresas comecem a mapear, compensar e diminuir a própria pegada de carbono o quanto antes. “Se é feito desde o início da companhia, por exemplo, é ainda mais fácil engajar toda a empresa como um todo”, explica. Nós listamos aqui 6 empresas que vendem produtos carbono neutro (e por que é importante).
Você já pensou no impacto ambiental dos alimentos que você consome? A pecuária é um dos maiores poluidores do planeta, por exemplo – e não por acaso, já existem marcas que estão vendendo carne carbono neutro.
Mas, além disso, uma alimentação plant-based pode garantir um menor impacto ambiental. Empresas como a Nude, por exemplo, trazem a pegada de carbono da produção do leite vegetal no próprio rótulo – e incentiva que outras empresas façam o mesmo.
"Temos o grande desafio de alimentar uma população de 10 bilhões de pessoas até 2050. Hoje já temos uma população de 7 bilhões de pessoas, sendo um 1 bilhão de pessoas em situação de insegurança alimentar", conta Fabio Zukerman, CEO do Grupo Planta. "Estamos trabalhando na mudança cultural e educação dos consumidores. Os millenials, por exemplo, olham não apenas para os valores econômicos, mas também para a cadeia de produção".
E para onde vai o lixo que geramos? Algumas alternativas, como a incineração, também são poluentes e prejudicam o ambiente. Por isso, há a tendência da reutilização de resíduos sólidos. A Badu Design, por exemplo, reutiliza cintos de segurança de carros para criar bolsas, necessaires, entre outros produtos.
…
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!