Ganhar a atenção das gerações que nasceram num mundo digital é um desafio antigo, mas que agora conta com uma nova proposta de solução: os games.
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8 min
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28 mai 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Quando se fala em aprendizagem, é comum ouvir reclamações conformistas de uma geração que era acostumada a outros métodos de ensino: "ah, os jovens não se interessam em aprender" ou "essa geração só quer saber de celular e videogame".
Parece fácil se acostumar com a ideia de que as novas gerações terão um ensino menos eficiente e que não há como transpor a barreira – representada pelo celular e jogos – entre aluno e conhecimento. Mas e se ao invés de lutar contra essa digitalização natural da vida, utilizássemos esse meio para trazer relevância e interesse ao aprendizado? É como dizem "se você não pode contra eles, junte-se a eles".
Os eSports nasceram há muito tempo, desde os anos 70 o conceito já vinha sendo explorado. Para quem não possui familiaridade com o termo, eSports são competições organizadas de jogos eletrônicos. O termo virou profissão e é muitas vezes usado no contexto dos gamers profissionais. Mas o termo vai além e os eSports podem ser utilizados por jogadores amadores e até mesmo para ajudar no ensino.
Depois de tanta luta pela atenção dos alunos, as escolas finalmente aceitaram que uma das melhores formas de motivá-los a estudar é unindo-se à tecnologia, computadores, tablets, realidade virtual e games, que já fazem parte da rotina das crianças. Indo além, o uso dos eSports no contexto educacional aumenta ainda mais o engajamento dos alunos.
A solução de eSports desenvolvida pela PlayMatch busca oferecer uma maneira de permitir que os professores utilizem os games como base pedagógica. A solução da startup conta com um grupo de pesquisadores dedicados a extrair dos maiores games atuais – aqueles com os quais os alunos já estão encantados – aspectos educativos baseados em metodologia proprietária de aprendizado prático e multidisciplinar.
A solução é oferecida tanto para escolas públicas quanto particulares e fornece conteúdos alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Os jogos são uma maneira de preencher a lacuna entre professores, em sua maioria imigrantes digitais, e alunos, que já nasceram em meio à tecnologia.
Edilson Fernandes, COO da PlayMatch afirma que: “acreditamos em impacto social por meio da educação e os professores são protagonistas nessa missão. Temos grande foco em apoiar educadores de todo o país com capacitações, conteúdos, atividades e muito mais, tudo dentro de uma metodologia PlayMatch, trazendo os maiores games do mundo e os esports como ferramentas educacionais”
A PlayMatch criou e mantém a maior competição de eSports escolar do Brasil: a Liga Escolar Brasileira de eSports. Um campeonato com participação de escolas públicas e privadas – mais de cinco mil – de todo o país. A participação dos estudantes é atrelada ao seu desempenho escolar, o que gera estímulo e o desafia a desenvolver habilidades variadas, como: pensamento lógico e estratégico, socialização, resiliência e trabalho em equipe.
Em parceria com grandes estúdios mundiais de jogos, como Epic e Riot Games, a PlayMatch já oferece sua solução para milhares de alunos. A startup está preparando uma rodada de investimentos ainda em 2021 para acelerar o crescimento e atender mais de 25 mil escolas.
Além dos benefícios educacionais diretos, como maior engajamento com os conteúdos pedagógicos, maior contato com a língua inglesa e desenvolvimento do pensamento lógico, a modalidade traz outros benefícios que impulsionam o desenvolvimento dos jovens, desde aprender a lidar com frustrações e perseverar, até melhorias na socialização.
Os jogos exigem ainda o desenvolvimento do pensamento estratégico, para superar desafios que se intensificam ao avançar no jogo. O pensamento estratégico se assemelha bastante aos processos do raciocínio científico: criar hipóteses, testar, caso não obtenha sucesso criar novas hipóteses, testar novamente e buscar incansavelmente uma solução - gerando um aumento na capacidade de resolução de problemas.
Para o dilema da educação das novas gerações, que segue com muitas propostas e poucas ações, incluir eSports parece lógico: além de unir o universo digital, que já garantiu a atenção dos jovens, ao aprendizado, que sofre para ganhar atenção, os games acabam desenvolvendo outras habilidades essenciais para o período escolar e que podem trazer vantagens únicas para a vida profissional - e até mesmo pessoal - dos alunos.
O mercado de eSports demonstra a força da comunidade gamer, sendo avaliado em US$ 1,08 bilhão neste ano. De acordo com o Statista, a expectativa é que em 2024, o valor deste segmento seja de US$ 1,62 bilhões. Já tem até banco digital de olho em atrair os aficionados através da oferta de cashback em Bitcoin.
A solução proposta pela PlayMatch atua na interseção entre educação e games, trazendo os eSports como uma maneira de ressignificar o aprendizado para uma geração que possui novos interesses e que exige novos estímulos para aprender. Jogando num mercado bilionário, a PlayMatch busca unir responsabilidade social e diversão - numa mistura que tem tudo para dar certo.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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