A agrofintech E-ctare anunciou a captação de R$ 50 milhões em uma operação de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), coordenada pelo Banco Alfa
E-ctare (Fonte: Divulgação)
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O crédito foi emitido pela Ecoagro, securitizadora de capital especializada no segmento agro no país, e servirá para fomentar soluções de crédito ao produtor rural. Em resposta ao Startups, o CEO e fundador da E-ctare, Marcell Salgado, destaca que o aporte será utilizado em operações já geradas e na revolvência da carteira de crédito.
“O mais importante da emissão é que ela certifica a credibilidade da nossa carteira mostrando que investidores confiam em nosso processo de originação e na correta alocação dos recursos realizados por nossa ferramenta e engenharia tecnológica. Não é um recurso para nosso caixa e sim para manutenção da carteira”, pontua Marcell.
A captação vem no rastro de um trabalho que a agtech vem realizando com o Banco Alfa há mais de um ano, quando passou a integrar o Alfa Collab, programa de inovação aberta da instituição financeira. Além de um investimento em equity (de valor não aberto), o banco anunciou no ano passado o plano de disponibilizar um funding de R$ 600 milhões até 2023 para a startup.
Segundo Francisco Perez, diretor de novos negócios, responsável pelo Hub de Inovação Alfa Collab e pela área de ESG do Alfa, a E-ctare já vinha sendo considerada para receber um CRA desde o anúncio de investimento de até R$ 600 milhões feito pelo Alfa Collab no ano passado. “Assim, agora a startup recebe a primeira emissão com um valor expressivo, que pretende fomentar soluções de crédito ao produtor rural, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil”, comenta Francisco.
Chamada por alguns de “PicPay do agro” por conta de sua proposta de carteira digital com serviços financeiros, a E-ctare agora quer manter o ritmo de crescimento. De 2020 para 2021 a empresa cresceu quatro vezes, de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões em valores movimentados, e quer chegar a R$ 5 bilhões até 2024 – mas de forma sustentável.
“Nos últimos meses conseguimos aumentar os valores dos faturamentos mensais em busca de obter uma consolidação entre as agrofintechs que oferecem soluções de crédito para pequenos e médios produtores rurais. Assim, acreditamos que é mais um passo para expandir cada vez mais a nossa base de clientes, além da melhoria dos nossos serviços”, finaliza.
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