Mattel, empresa americana que criou a Barbie em 1959, tem os direitos autorais da boneca. Com o lançamento do filme, a empresa fechou acordo com mais de cem empresas para criar produtos temáticos; entenda
Filme da Barbie 2023 (Imagem: divulgação redes sociais)
, jornalista
8 min
•
17 jul 2023
•
Atualizado: 16 ago 2023
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Na internet, no mercado de alimentação, de moda, e, em breve, nos cinemas, a Barbie está em toda parte. O boom gerado tem a ver, como você deve imaginar, com o filme, que será lançado nos próximos dias, estrelado pela atriz Margot Robbie. Mas quem tem recebido uma oportunidade de ouro com toda essa história é a Mattel, dona da marca Barbie.
A companhia ganha mais do que apenas os direitos autorais pelo filme. Para você ter uma ideia disso, fechou acordo com mais de cem empresas para criar produtos temáticos (explico mais adiante sobre isso) — aumentando, assim, a receita do negócio.
Não à toa Jon Spalding, chefe de produtos de consumo do Reino Unido na Mattel, acredita que 2023 será o melhor ano de todos os tempos (impulsionando o crescimento da margem de lucro).
Parte do benefício do filme é o acordo de licenciamento que a Mattel fechou com essas mais de 100 empresas para que usem a marca Barbie — e vai muito além de apenas o setor de brinquedos. Incluem parcerias para coleções com:
A fast-fashion Zara lançou uma coleção inspirada no filme Barbie. Além de roupas, a empresa lançou acessórios, bolsas, chapéus e sapatos. A coleção cápsula chega ao e-commerce e às lojas físicas no dia 17 de julho ― semana de estreia da obra.
O Burger King também entrou na onda. A empresa, desde 12 de julho, oferece um combo em edição limitada e uma loja temática, com experiências imersivas exclusivas. O Combo BK Barbie trata-se de um sanduíche de pão de brioche, fatia de queijo sabor cheddar, carne, bacon em cubos e molho rosa sabor defumado, Batata do Ken e o Shake da Barbie. A embalagem vem no formato bolsa.
A marca de sandália entrou para a lista de collab Barbie. A sandália de dedo, modelo clássico da Ipanema, ganha a assinatura da Barbie na sola interna, é colorida e tem duas estampas exclusivas disponíveis: rosa, azul, preto e verde. O objetivo da parceria, segundo a Ipanema, é passar a mensagem para as mulheres que elas podem ser protagonistas das suas próprias histórias; mensagem que também estará presente no filme Barbie.
De forma resumida, é quando uma empresa concede a outra o direito de usar sua marca em produtos ou serviços específicos. Ou seja, “aluga” os direitos de parte de uma propriedade intelectual.
Perceba que a Mattel teve o cuidado de criar pontos de contato multigeracionais nos acordos de licenciamentos. “Isso para que não importa qual geração você seja, você possa se envolver, de alguma forma, com a marca”, diz Ben Roberts, da revista da indústria License Global. “O fandom (grupo de pessoas que são fãs) é o maior impulsionador do licenciamento”, conclui.
Roberts também conta que já se foi o tempo em que apenas colocar um logotipo da Barbie em uma lancheira bastaria.
“É muito mais holístico do que isso. (…) Produtos licenciados não estão apenas ligados a um filme, eles fazem parte do ciclo de vida de uma marca.”
De um lado a Mattel ganha com o licenciamento; e as marcas parceiras — independente do público-alvo — ganham com o buzz marketing da Barbie, já que englobam as mais diferentes gerações. Os clientes fãs, por sua vez, ganham ao sentir emoções nostálgicas.
A Mattel sabe do poderoso fenômeno cultural pop que o sucesso de bilheteria da Barbie se tornou.
Tanto que o CEO da Mattel, Ynon Kreiz, disse à Time, que existe a possibilidade de mais filmes de live-action — filme que combina pessoas reais com personagens —, à medida que a empresa potencializa uma empresa além de brinquedos, mas que gerencia franquias. Ou seja, a estratégia da Mattel é tornar-se, também, uma companhia de propriedade intelectual.
"Estamos procurando criar filmes que se tornem eventos culturais. Se você pode estimular Greta e Noah a abraçar a oportunidade e ter liberdade criativa, você pode ter um impacto real", disse Kreiz, enfatizando que o filme Barbie não está sendo lançado na esperança de gerar mais vendas da boneca, mas sim para tornar a Mattel uma concorrente digna no jogo da franquia.
Perceba que a Mattel notou o poder do licenciamento de marca de seus personagens para aumentar a receita do negócio. E uma das formas de potencializar o licenciamento é por meio de live action. E você, como tem analisado os dados da sua empresa e, a partir disso, encontrado formas de gerar mais receita?
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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