Os modelos de gestão modernos exigem agilidade, movimento e planejamentos mais curtos -- o famoso errar, mas aprender rápido. Entenda
Pessoa olha para painel de post-its (foto: Getty)
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Você já deve ter ouvido falar em Matriz SWOT, certo? Não só: já deve ter usado. Até porque ela é uma ferramenta de planejamento estratégico muito utilizada, onde você analisa primeiro suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças e depois monta um plano para lidar com elas.
A questão é: será que esse é um modelo realmente eficaz para empresas diante de uma realidade que muda o tempo inteiro e suas forças podem se tornar fraquezas em um piscar de olhos?
“Eu penso um pouco diferente, porque quando você já começa um plano estratégico a partir do ponto ‘esses são os MEUS pontos fortes’ não abro mão deles, você está praticamente se preparando para correr uma maratona, levando uma mochila cheia nas costas”, explica Piero Franceschi, CMO da StartSe.
Para ele, se a empresa começa seu plano pesado, se apegando a verdades e vantagens que te trouxeram até aqui, não necessariamente isso a levará mais longe. Afinal, você não sabe o que vai acontecer nos próximos 12 meses da sua empresa. Ninguém sabe. E começar essa jornada com uma mochila de velhas verdades nas costas não parece ser uma decisão inteligente para nenhum tomador de decisão de uma empresa, concorda?
O exemplo que ele dá é da Blockbuster: durante anos uma das suas forças competitivas era ter mais de 8.500 lojas só nos EUA. Ela estava em todo lugar para alugar seus filmes, e nenhuma rede competia com ela. Só que aí veio o streaming, a conexão com a internet começou a melhorar, e o valor para assistir filmes na internet ficou muito mais barato do que alugar um filme.
Em poucos anos, o ponto forte da Blockbuster virou um dos seus grandes pontos fracos. Ter que manter a operação e os gastos de +8.500 lojas mundo afora, quando com um clique, seu cliente podia ter milhares de filmes na tela do seu celular e uma concorrente com sua "mochila vazia" para investir em estratégias mais ousadas, a risco baixo.
Afinal a concorrente da Blockbuster (que você já sabe o nome) era mais rápida, mais ágil, com estratégias mais ousadas e não tinha os custos operacionais de pontos físicos para manter.
O que era vantagem virou peso, e o investimento virou despesa. E o fim dessa história todos nós conhecemos. O paradoxo aqui é: Como construir estratégias novas e melhores, quando as ferramentas que você tem em mãos para isso são antigas e obsoletas?
A notícia ruim, é que sua estratégia não vai mudar, muito menor melhorar, se você tentar repetir em 2022 o que deu certo em 2021, que, por sinal, foi o que deu certo em 2020, e assim por diante… É uma corrida "de ré" que muitas empresas estão disputando, e o esforço é muito grande diante dos resultados que ela gera.
Agora a notícia boa, é que existe não uma, mas uma série de ferramentas e estratégia novas que as empresas exponenciais do Vale do Silício usam para reinventar suas estratégias com escala e em curtos espaços de tempo. Nada parecido com os velhos planejamentos anuais ou semestrais que estamos acostumados. E isso as deixa em larga vantagem.
Uma saída é apostar em modelos de gestão por OKRs, por exemplo, que amplia o senso de colaboração, foco e crescimento da empresa. A gente explica tudo sobre esse que é o modelo de gestão utilizado pelo Google aqui.
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