Fever economy: preços aquecidos e mercados esfriando. Sua empresa está preparada para esta nova realidade econômica?
, Jornalista
7 min
•
12 set 2022
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Por Camila Petry Feiler
Fever Economy é um termo que está em alta nos mercados e já assusta muita gente. Não é pra menos: ele aponta o efeito simultâneo do aquecimento dos preços à medida que os mercados esfriam.
As consequências são de um clima econômico imprevisível e desconfortável, que impactam em cheio as empresas, o cenário empreendedor e o ritmo de crescimento.
O que o mercado está vendo é que por mais que a confiança do consumidor esteja congelando, a demanda ainda está superando a oferta. As economias continuam a criar empregos e os gastos dos consumidores permanecem estáveis.
Parece bom, mas são ondas de calor e frio que tornam a economia febril – daí o nome –, criando um cenário pouco amigável e bem nebuloso.
Afinal, os preços continuam crescendo e as taxas de juros também, condição que vem de um cenário pós-pandêmico e de guerra. As pessoas estão enfrentando uma crise em relação ao custo de vida. O impacto é sentido diretamente nas decisões de vida e de compra. E isso já tem acontecido nos Estados Unidos e Europa, em um movimento identificado pelo Chefe Global de Estratégia da agência de inovação R/GA, Tom Morton.
As pessoas passam a considerar mais antes de comprar. As marcas queridinhas perdem espaço para quem oferece melhor custo/benefício.
E isso já é visto no Brasil. Para fazer frente à alta da inflação dos alimentos, o consumidor fez compras mais planejadas, trocou marcas e buscou mais promoções. O varejo intensificou as negociações comerciais com os fornecedores, ampliou o número de marcas e fez mais promoções nas lojas, aponta levantamento da Associação Brasileira de Supermercados.
O que pode ser decisivo para as marcas neste momento é a relação de confiança e isso tem a ver com os aprendizados da pandemia. Os consumidores ainda querem qualidade, preço, facilidade de uso e uma boa relação com a marca que eles gostam, mas o peso no bolso fala mais alto.
A missão, portanto, é criar caminhos que mostrem que sua marca está ajudando em tempos difíceis – seja entregando opções de forma otimizada, para reduzir a carga mental, ou ajudando no planejamento, dando confiança mostrando que fizeram a escolha certa.
67% dos empresários acreditam que a inflação é o fator externo que mais pode influenciar os negócios, de acordo com a pesquisa Restart. E com razão. Por isso, a saída para a Fever Economy é pensar em como ela afeta o consumidor e não reduzir a qualidade dos produtos ou serviços para competir em preço.
Nos Estados Unidos e Europa, já se vê que a combinação de preços em alta e indicadores de queda abalaram a confiança do consumidor. Estamos caminhando para isso no Brasil também?
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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