Empresa pode ter optado em adotar o trabalho híbrido como uma estratégia para enfrentar os desafios impostos pela queda significativa em sua receita e valor de mercado. Entenda!
Funcionários do Zoom (Foto: reprodução/LinkedIn Zoom)
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7 min
•
7 ago 2023
•
Atualizado: 7 ago 2023
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O Zoom — uma das empresas que se tornou sinônimo do trabalho remoto durante a pandemia — surpreendeu seus colaboradores ao anunciar que eles precisarão retornar aos escritórios pelo menos duas vezes por semana. O comunicado enviado à equipe estabelece que essa mudança se aplica aos funcionários que residem em um raio de 80 km de algum escritório da empresa.
No ano anterior, a companhia havia divulgado que apenas 2% de sua força de trabalho trabalharia em um escritório, o que apontava para uma abordagem majoritariamente remota. Entretanto, agora parece que a visão dos diretores da empresa mudou.
A empresa pode ter optado por adotar o trabalho híbrido como uma estratégia para enfrentar os desafios impostos pela queda significativa em sua receita e valor de mercado após o fim do momento crítico da pandemia e o fortalecimento da concorrência.
“Acreditamos que a abordagem de uma estrutura híbrida — onde os trabalhadores que vivem nas imediações tenham de estar nos escritórios duas vezes por semana para interagirem com as suas equipes — é a mais eficaz para o Zoom”, diz a empresa em comunicado.
Essa decisão de retornar ao trabalho híbrido não é isenta de riscos. A empresa tem grandes chances de perder ou influenciar parte do mercado que se acostumou a usar sua plataforma exclusivamente para o home office.
Tivemos uma conversa com Felipe Giannetti, sócio e porta-voz da StartSe no Vale do Silício, Califórnia, e ele nos apresentou um panorama geral da o que está acontecendo por lá. Veja:
“O modelo híbrido tem sido adotado por diversas empresas — especialmente no Vale do Silício. Embora a justificativa para essa mudança seja a busca por maior produtividade, é importante ressaltar que outros interesses também estão envolvidos. Um deles é o investimento significativo que as empresas fizeram em prédios corporativos, cujo valor é influenciado pela taxa de ocupação média desses espaços nos últimos anos", conta.
“Aqui, muitos escritórios estão com poucas pessoas, até mesmo empresas grandes como Google, Apple e Meta. Por outro lado, é interessante que várias startups, mesmo com equipes de até 100 funcionários, escolheram não ter escritórios físicos e preferem o trabalho remoto como modelo principal”, completa.
Essa mudança no cenário corporativo é resultado da flexibilidade e adaptabilidade trazidas pela pandemia, que fez com que as empresas repensassem a necessidade do espaço físico para seus funcionários. A busca por maior eficiência nos custos operacionais, aliada às vantagens percebidas do trabalho remoto, tem impulsionado essa transformação na forma como as empresas enxergam e utilizam seus escritórios.
Diversas empresas — incluindo a Zoom — estão sendo pressionadas a adotar o trabalho híbrido, porém, a realidade é que os trabalhadores não estão interessados nessa mudança, conforme mencionado por Giannetti. Será que essa decisão pode ser uma boa forma de reverter o prejuízo? Os colaboradores estarão felizes o suficiente para trabalhar? Eles vão mesmo frequentar o escritório ou isso terá que ser gerenciado? A que custo? Essas são questões importantes a serem consideradas.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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