Conforme a inteligência artificial avança nos planos da Microsoft, a companhia também mostra cautela. Entenda
Microsoft (Christophe Morin/IP3 / Colaborador via Getty Images)
, Jornalista
4 min
•
27 jan 2023
•
Atualizado: 1 ago 2023
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A gente já viu a Microsoft fazer uma aposta certeira no ChatGPT quando era tudo mato (lá em 2019) e colher os resultados já no final de 2022, o que rendeu uma jogada nova para 2023: inteligência artificial. A mudança trouxe movimentos que até assustaram o Google ao colocar o Bing para jogo com IA, mas também muitas demissões -- cerca de 10 mil pessoas.
Agora, ao anunciar os resultados do último quarter de 2022, o CEO, Satya Nadella, anunciou que a empresa está comprometida “em ajudar os nossos consumidores a usar nossas plataformas e fazer mais com menos hoje, além de inovar para o futuro em uma nova era da inteligência artificial.”
O aceno vem em um momento em que o mercado, principalmente de tecnologia, está correndo atrás de eficiência e ainda lutando para não ficar para trás.
E mesmo que a Nuvem Inteligente tenha saltado 18%, de US$ 18 bilhões para US$ 21,5 bilhões e os apps de produtividade e processos tenham crescido 7%, de US$ 15 bilhões para US$ 17 bilhões, validando os movimentos em IA da companhia, o tom da empresa ainda é de cautela.
Afinal, a Microsoft terminou o quarto trimestre de 2022 com uma receita de US$ 52,7 bilhões, alta de 2%, mas o lucro operacional caiu 8%, de US$ 22 bilhões no mesmo período em 2021 para US$ 20 bilhões. E o lucro líquido também registrou queda, 12%, de US$ 18,7 bilhões para US$ 16,5 bilhões.
De acordo com a Reuters, analistas dizem que a desaceleração no crescimento de receita da Microsoft é um sinal de alerta para o setor de tecnologia, mostrando enfraquecimento principalmente na divisão de PCs. Nessa área, a queda foi de 19% para US$ 14 bilhões de faturamento, ante US$ 17 bilhões de um ano antes.
A Microsoft é hoje a segunda companhia mais valiosa dos Estados Unidos. Os sinais de alerta levantados em seu balanço mostram que ninguém está imune ao cenário macroeconômico.
Agora, enquanto as big techs se preparam para um período mais difícil, cortando o quadro para manter uma reserva, a Microsoft, que está neste mesmo barco, deve diversificar e buscar crescimento em outras áreas, como a Inteligência Artificial. Pelo menos, é o que tem se provado mais lucrativo.
Com isso em vista, para quem está com medo do fim dos empregos com a chegada da IA, a hora para se preparar é agora. Afinal, ela não vai roubar seu trabalho, mas alguém que sabe usar IA, vai.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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