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Fintech Cambiar transforma o mercado de câmbio

Com o avanço e normartização das startups e fintechs de câmbio, o Cambiar aposta em oferecer facilidades para aberturas de contas bancárias e remessas internacionais online

Fintech Cambiar transforma o mercado de câmbio

Moeda digital, gráfico, online, finanças (Foto: D-Keine via Getty Images)

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Um oferecimento

Por Belisa Frangione

Cada vez mais, as soluções para quase tudo o que precisamos podem ser encontradas na palma da mão – seja navegando na internet ou solicitando um serviço por um aplicativo, por exemplo. E foi em 2011, com o objetivo de facilitar a busca por preços de moedas, que surgiu o Cambiar, uma inovadora fintech de câmbio.

Leonardo Abrão, CEO da Abrão Filho Banking & Câmbio, relembra que o começo da história do Cambiar, há dez anos, envolveu desde a pesquisa de ferramentas de câmbio de outros países até uma base normativa colegiada do Banco Central.

“É interessante que até hoje a página do Cambiar está ativa no Facebook, com cerca de 12 mil seguidores. Nós fizemos o que? Um buscador de câmbio, um motor de busca só de instituições financeiras com carteira de câmbio, corretora e distribuidoras e também de correspondentes cambiais. Falo aqui sem prepotência nenhuma: o que tem de tecnologia e inovação no mercado cambial, fomos nós que começamos e dez anos atrás”.

EVOLUÇÃO NO SERVIÇO DE CÂMBIO

Leonardo Abrão, CEO da Abrão Filho Banking & Câmbio (foto: divulgação)

O Cambiar surgiu em uma época em que o termo “fintech” era praticamente desconhecido. Em uma entrevista à StartSe, em 2017, Abrão explicou: “Não podemos ser chamados de a primeira fintech do mundo. O PayPal e algumas outras ferramentas de pagamento online surgiram em 1998. Falando de mercado financeiro e do mercado de câmbio especificamente, o Cambiar é a primeira fintech B2C do mundo”.

Hoje, o Cambiar está muito além de onde começou. Assim como o mercado de finanças e a tecnologia evoluíram, a empresa passou a oferecer soluções de banking e totalmente remotas, abrindo as portas para um novo segmento do mercado.

NASCIMENTO DA FINTECH

Quando tudo começou, o Cambiar era apenas uma vitrine com cerca de 6 corretoras de câmbio e 5 casas de câmbio turismo (hoje correspondentes cambiais). Elas anunciavam sua taxa de câmbio turismo por estado/município/zona e bairro.

Abrão ressalta que, naquele tempo, o correspondente cambial poderia atuar em três facetas: comercialização de cartão pré-pago, papel moeda e tramitação de remessas direta e indiretamente até US$ 3 mil

“Essa era a figura do correspondente cambial: trabalhar com varejo, com câmbio manual. Naquela época, o Visa Travel Money, da Visa, e o Cash Passport, da Mastercard, eram os mais usuais. Existiam outras, como a Global Money, que era da American Express. Cada administradora de cartão de crédito tinha o seu branding aqui para trabalhar esse tipo de produto”. Assim como o próprio setor de finanças, as possibilidades para o correspondente cambial também evoluíram.

O Cambiar provia o espaço virtual, em um ambiente de comparação de preços e apresentação de perfis institucionais de dez postos da Didier Levy, uma corretora de câmbio que foi comercializada para a Avenue; da Advanced Corretora, que já foi o maior player não bancário no mercado de câmbio (e hoje é a Abrão Filho), da Carol DTVM e da Ourominas DTVM. 

“Era como se fossem diretórios. Nós tínhamos diretórios para corretoras, distribuidoras e casas de câmbio e havia um dashboard onde elas configuravam o spread, o custo por operação, o custo e a margem de ganho de cada produto, papel e cartão”. 

Nesse sistema, o usuário tinha acesso a toda a história da agência de câmbio escolhida, dados como fundação, atividade, telefone, e-mail, mídias sociais e, ainda, a classificação dada por quem já tinha comprado nela. Depois de avaliar as opções, o usuário então verificava a melhor taxa ou localidade e entrava em contato com a loja de câmbio escolhida. 

PIVOTANDO O MERCADO DE CÂMBIO

Escritório da Abrão Filho Banking & Câmbio (foto: divulgação)

“Até 2012, o Cambiar era só um motor de busca fechado porque ele não pesquisava na rede aberta, na internet e sim na sua própria base de dados. Quando relançamos o Cambiar em 2016, o motor de busca era também um comparador de preços. Era uma mescla de buscador de câmbio com e-commerce de câmbio”, conta Abrão.

Naquela oportunidade, muito pelo nome que a Abrão Filho já tinha conquistado e do seu volume de negócios, a fintech conseguiu agregar as 120 casas de câmbio da corretora Confidence, controlada pelo grupo Travelex, e outras 35 casas de câmbio do Banco Daycoval

Logo em seguida, o Cambiar conseguiu também a capilaridade da Ourominas, o maior player que trabalha com ouro por varejo no Brasil. Com todas essas funcionalidades, o usuário final escolhia a praça onde ele estava localizado no município, se ele queria papel moeda, cartão pré-pago ou remessa internacional, qual o produto, a divisa e o valor. A fintech então apresentava as opções de refinamento, ou seja, qual a melhor tarifa para a entrega do papel moeda, qual a casa de câmbio que abre mais cedo e fecha mais tarde e qual a mais próxima da residência. 

“Tínhamos inúmeros fatores que eram considerados no refinamento do listing da busca e aí, de fato, o cliente fazia o cadastro na plataforma e passava a ter uma conta virtual conosco, onde havia todo o histórico de compra e de cotação. E nós chegávamos ao ponto de controlar a capacidade financeira dele de compra e venda de papel, cartão e remessa em cada uma das instituições”, recorda Abrão.

NOVAS OPORTUNIDADES

Escritório da Abrão Filho Banking & Câmbio (foto: divulgação)

Em 2019, o Cambiar foi tirado do ar em um momento em que a Abrão Filho vivia um cenário favorável. “Falamos então de pegar todo aquele know-how de dez anos de tecnologia cambial para o varejo e empregá-lo para o atacado, varejo segmentado, o low middle e o middle e guardarmos a marca”, diz Abrão.

O Cambiar evoluiu para uma plataforma de bank e câmbio cloud, solução 100% web onde o operador ou corretor de câmbio, virtualmente, cadastra o cliente, fecha o câmbio dele, faz consulta de capacidade financeira do cliente, consulta saldo de documento e filtra todo o histórico operacional, comercial e financeiro da sua carteira de maneira 100% remota. 

“Então hoje o Cambiar está sendo relançado para atender esta figura que a Abrão criou, ou seja, o executivo de câmbio que opera através dessa plataforma”, afirma o CEO da fintech.

Para reforçar sua tradição e segurança aos clientes e suas operações, o Cambiar atua apenas com instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de câmbio brasileiro e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Para remessas e pagamentos internacionais, o spread do câmbio vem de bancos de câmbio ou bancos múltiplos com carteira de câmbio.

A adesão ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, e a criação do auxílio emergencial, também foram fatores determinantes para o crescimento das fintechs entre 2020 e 2021.

“O auxílio emergencial é um grande exemplo de como as pessoas tiveram que ser incluídas dentro da base de dados do governo para receber o suporte financeiro do Estado e precisaram fazer isso por meio da internet, sobretudo, de seus celulares. O sucesso do Pix também acelerou o processo de digitalização dos serviços financeiros e de pagamento no Brasil”, opina Fernanda.

VANTAGENS E RECEIOS

Novos sistemas chegam com o objetivo de diminuir a burocracia, facilitar a vida de clientes e agilizar processos. Além dessas vantagens já conhecidas, é possível incluir serviços mais inovadores, a preços mais competitivos e com maior inclusão financeira, tendo em vista que alguns são oferecidos até mesmo com gratuidade de taxas.

“Cito também o corte de custo físico. Quando você inibe a capilaridade física, como os custos de aluguel, de maquinário e de alimentação, você corta custos físicos que não são convertidos em digitalização, que é quando o meio físico ainda existe. Os custos físicos são extintos e se transformam em soluções virtuais”, reforça Abrão.

Com tanta evolução tecnológica, pode ser comum que haja alguma preocupação por parte do público de se aventurar nesse meio e aceitar que essas soluções são definitivas. Fernanda diz que a população mais jovem, em geral, é mais aberta a testar novos produtos e serviços de maneira digital, o que não acontece com a faixa mais madura. 

“Os mais velhos têm mais receio do uso da tecnologia, sobretudo ligada às suas vidas financeiras. Claro que é sempre importante ficar atento a quem está prestando o serviço, para não cair em armadilhas de golpistas, conversar com a instituição que já cuida do seu dinheiro e se informar sobre a reputação de determinada fintech no mercado. As instituições sérias são muito conhecidas e estão sob o olhar atento do Banco Central, ainda que aconteça algum tipo de fraude ou danos”, aconselha.

Com atuação há mais de 10 anos no mercado, a Abrão Filho é parceira de inúmeras Fintechs facilitando e estruturando as necessidades bancárias e cambiais. Desta forma, conseguimos prosseguir com o relacionamento bancário, e a solução em cambio para viabilização de fluxo de capitais e pagamentos internacionais inerentes a sua operação.

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