Inteligência artificial, varejo e fintechs de nicho: confira os destaques do tradicional evento de fintechs realizado pela StartSe anualmente
, jornalista da StartSe
7 min
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7 jun 2023
•
Atualizado: 7 jun 2023
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É oficial: estamos vivendo a segunda geração das fintechs brasileiras. Agora, a digitalização e democratização dos serviços financeiros não é mais a exceção – é a regra.
Mas como se diferenciar dos concorrentes nessa nova fase? Quais são as maiores tendências do setor? A StartSe realizou, em maio, o tradicional evento Fintech Revolution Experience e traz os principais destaques para você:
É claro que a inteligência artificial não ficaria de fora dessa. Neste caso, a tecnologia age como uma grande ferramenta de personalização e pode trazer grandes vantagens às empresas e clientes.
“Um dos nossos maiores desafios é usar a Inteligência Artificial para criar uma análise inteligente de perfil do cliente. Através de seus próprios hábitos de uso da conta – o que ele paga, o que ele consome, conseguimos criar um score de crédito mais humanizado”, explica Sérgio All, fundador da Conta Black, em entrevista à StartSe.
A própria Conta Black possui um público-alvo muito bem definido: pessoas que não têm fácil acesso a serviços financeiros. As fintechs estão, atualmente, escolhendo serviços ou setores específicos de atuação.
Além da Conta Black, também estiveram presentes no evento a Neon e a Nomad. Embora tenha sido criada há dez anos, a Neon agora está repaginada e olhando para um público específico.
“O momento da Neon agora é de foco nas classes C, D e no público MEI, não apenas com conta digital e cartão de crédito, que foi o passado, mas também com Cartão Colaterizado, seguros, empréstimo pessoal e consignado privado, que são super importantes. Com um leque de produtos mais amplo, podemos ter um nível de engajamento muito maior com nossos 23 milhões de clientes”, contou Fernando Miranda, copresidente da Neon, em entrevista à StartSe.
Já a Nomad é uma fintech criada em 2020 no Brasil, mas que possui, atualmente, quase um milhão de usuários ativos. A fintech oferece uma conta dolarizada para que brasileiros possam manter dólares em conta, e recebam e realizem pagamentos internacionais e invistam no exterior.
“A solução que a gente proporciona, ela tanto facilita a compra de moeda estrangeira num custo melhor, com uma solução para o brasileiro que quer viajar, comprando o câmbio em taxas menores, como para a pessoa que está interessada em construir um patrimônio em dólar para proteger suas economias da volatilidade do real”, explica Nathalia Rodrigues, Head de Risco e Compliance na Nomad, à StartSe.
Você já notou que grandes varejistas agora possuem serviços financeiros? É o caso do Magalu, Mercado Livre, Americanas e muito mais.
Para Fábio Murakami, diretor de Produto do Fintech Magalu, não há mais como separar o varejo e fintech.
“O lado financeiro está envolvido em todas as etapas do varejo, mas isso é cada vez menos perceptível para o cliente final. Então ele tem o hábito de compra no varejo, automaticamente já tem uma expectativa de contar com opções de pagamentos, de contar com um método preferencial e um retorno sobre aquela compra, aquela fidelidade. Isso só pode acontecer se a operação do varejo estiver junto com a operação de soluções financeiras”, disse Murakami em entrevista à StartSe.
O próprio Magalu oferece operação de cartão de crédito, consórcio, seguros, entre outros.
Mas é claro que nem tudo são flores neste cenário. As startups estão, em geral, sofrendo com a escassez de investimentos, mas as fintechs são especialmente afetadas pois costumam precisar de um maior fluxo de caixa.
Eduardo Glitz, sócio da StartSe, contou que agora o objetivo das fintechs deve ser lucrar – e não necessariamente atingir o breakeven (quando os ganhos da empresa se igualam aos custos), mas ganhar dinheiro e decidir o que farão com ele.
“Se você depende do dinheiro de investidores todos os meses, o negócio não é seu. O grande desafio [das fintechs] é tornar o investimento uma opção e não uma obrigação – e só conseguiremos isso olhando para os custos e investimentos”, disse Glitz.
Você não precisa esperar até o Fintech Revolution Xperience do próximo ano para se capacitar sobre a tendência mais quente do mundo das fintechs.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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