Com a operação, nasce uma nova empresa no ramo das wealthtechs, oferecendo soluções tecnológicas para o mercado de investimentos e gestão de ativos
Sócios da Warren e da Vitra (foto: divulgação)
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A Warren entrou com o pé direito no mercado de gestão de patrimônio por meio da união com o multi-family office Vitra Capital, que tem hoje mais de R$ 12 bilhões de ativos sob gestão. Com a operação, de valor não divulgado, nasce uma nova empresa no ramo das wealthtechs, oferecendo soluções tecnológicas para o mercado de investimentos e gestão de ativos.
“Por muitos anos, o mercado financeiro acreditou que o segmento de family-offices era apenas calcado em cima do relacionamento. Mas a tecnologia traz ainda mais eficiência para o relacionamento, além da possibilidade de entregar um modelo de alinhamento e performance para todo o setor no Brasil e fora dele”, disse o diretor comercial da Warren, Fábio Safini, em nota.
A movimentação estratégica impulsiona o plano da Warren de se tornar a maior corretora do país, superando gigantes como o banco BTG e a XP Investimentos, com mais de R$ 700 bilhões sob gestão. Com a fusão, a fintech – que em abril tinha R$ 6 bilhões em ativos sob gestão e 200 mil clientes – dobrará de tamanho, saltando para mais de R$ 20 bilhões de ativos sob seu guarda-chuva. O caminho para ultrapassar a XP ainda é longo, mas não deixa de ser um calo no pé da concorrência.
No início do ano, a Warren levantou uma série C de R$ 300 milhões, liderada pelo fundo de Cingapura GIC. Na época, o cofundador e presidente da companhia, Tito Gusmão, afirmou que “BTG e XP viraram incumbentes, são empresas de vendedores de bíblia que vão de porta em porta. Eles são os caras a serem derrubados e nós seremos os caras que vão derrubá-los”. O grande diferencial está no modelo de negócios. Enquanto BTG e XP trabalham com a cobrança de comissões embutidas nos produtos, a Warren baseia-se na cobrança de taxas dos clientes por operações.
A Vitra passa a ser incluída no guarda-chuva da Warren, mas segue operando com sua marca e equipe própria. Seus sócios passam a ser acionistas da fintech. “Nossa missão é disponibilizar um serviço de gestão de qualidade, com custos transparentes, onde o cliente paga somente pela prestação de serviços sem qualquer comissão pela venda de produtos, eliminando o conflito de interesse”, afirmou Roberto Rudge, um dos sócios-fundadores da Vitra.
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