Instagram, WhatsApp, Telegram e afins que se cuidem — ou que façam parceria. Porque as startups do setor financeiro estão desbravando as terras de mensagens online.
Plataforma de troca de mensagens do PicPay (Imagem: Divulgação PicPay)
, jornalista
5 min
•
15 out 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Por Sabrina Bezerra.
Não é segredo que as fintechs invadiram o sistema financeiro. Agora, elas miram também o mercado de redes sociais. Algumas, estão criando as suas próprias, outras contratando a funcionalidade de transações financeiras dentro de aplicativos como Instagram, Facebook e WhatsApp (saiba mais abaixo).
Parece curioso? Sim. Mas faz sentido. Visto que a população é fanática pela interação online. Para você ter uma ideia, o Brasil é um dos países que as pessoas mais gastam tempo nas redes sociais, segundo dados da consultoria GlobalWebIndex.
Logo, unir serviços financeiros como pagamento e transferência de dinheiro com rede social pode ser uma boa estratégia. O racional? Quanto mais tempo o internauta gasta dentro desse tipo de plataforma, maiores serão as chances dele usar o serviço financeiro integrado.
Agora, veja abaixo como a novidade funciona na prática:
PayKey
A PayKey é uma fintech israelense que desembarcou no Brasil. A empresa oferece um serviço que permite que as transações financeiras sejam feitas pelo teclado do celular. Na prática, um botão exclusivo é criado para que a consulta de saldo e transferência de dinheiro sejam feitas sem precisar sair das redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp. Um dos clientes da empresa é o Banco BV.
PicPay
O aplicativo de pagamentos optou em criar a sua própria rede social. Lançada em abril deste ano, a funcionalidade — que parece com a do WhatsApp — permite o envio de áudios, imagens e vídeos entre contatos do app da fintech.
Segundo Luiz Fernando Diniz, diretor de social da companhia, a função gera boa experiência para o público. “A maioria dos pagamentos tem uma conversa por trás, seja antes ou após a transação, para combinar o jantar ou avisar quanto ficou a divisão da conta para cada um. Por isso, estamos investindo em simplificar essa experiência e aproximá-la do que as pessoas já estão acostumadas”, diz ele em comunicado.
E parece que os usuários gostaram da novidade: em agosto, cerca de 13,4 milhões de transações entre pessoas foram feitas na rede social.
Olivia
A assistente financeira que usa inteligência artificial para aprender os hábitos de consumo também criou a própria rede social, a Olivia Social. Mas nichada. Aqui, o foco é finanças. Isto é, a interface permite comentar, compartilhar e curtir postagens sobre o tema. Vale postar sobre “promoções que encontrou, maneiras de economizar, investir e gerar uma receita extra”, diz a empresa. A timeline é anônima. Ou seja, não é possível saber quem interagiu. O motivo? Preservar a privacidade dos internautas.
Quer aprender mais sobre o assunto? No dia 26 de outubro, Cristiano Oliveira, fundador da Olivia, e Guilherme Telles, CMO do PicPay e Partner na Atlantico VC, vão participar do SVWC, evento online e gratuito da StartSe. Faça a sua inscrição!
As fintechs estão seguindo a lógica dos super apps. Quanto mais funcionalidades em um serviço só, melhor será a experiência dos usuários. Outro fator curioso é que elas estão se movimentando à medida que a fintechzação cresce. Se as empresas dos mais variados tipos — até o WhatsApp — querem um pedaço do setor delas, é preciso inovar para não ficar para trás.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, jornalista
Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!