Ser o primeiro ou o último a entrar em um mercado? Nem sempre ser o primeiro é a melhor escolha, bem como ser o último pode ter lá suas vantagens. Descubra o que é melhor para seu negócio.
Foto: Getty Images
, Produção de Conteúdo
7 min
•
18 ago 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Muita gente, antes de começar um negócio, pergunta-se: “é melhor ser o primeiro ou me adentrar em um mercado já consolidado?”
Tudo depende. Ser o pioneiro em uma solução inovadora pode ser muito vantajoso, sobretudo quando adentramos aos mercados de patentes, onde surge uma espécie de monopólio, ainda que não formalizado.
Um laboratório farmacêutico pode desenvolver a cura para uma doença epidêmica e patentear a fórmula, obrigando os governos, hospitais e farmácias a comprarem dele. Ou ainda, uma empresa pode inventar um refrigerante de cola, e depois de muito tempo surgirem outras marcas fazendo refrigerante de cola no mercado. Mesmo assim, as pessoas, em sua maioria, podem acabar preferindo a inventora, por confiarem mais na receita original.
Desbravar um novo mercado pode ser bem interessante e garantir à uma empresa pioneira a dominância por um tempo; mas temos que lembrar que nada é infinito. Ou, pelo menos, nada está imune de sofrer mudanças com o tempo e não funcionar mais como antes.
Se uma empresa deseja tornar-se infinita e permanecer relevante no tempo, é preciso estar atenta a diversos fatores. Um deles é o que chamamos de observatório de sinais, que nos permite olhar para o horizonte e detectar novas oportunidades ou ameaças.
Consolidada na última década como a maior plataforma de streaming do mundo, a Netflix levou 11 anos para conquistar 150 milhões de assinantes. A Disney+, por sua vez, levou 2 anos para conquistar a mesma quantidade.
Nem entremos na discussão de o que uma empresa gigante como a Netflix poderia ter feito para evitar sua queda, mas sim, olhemos pelo viés da Disney+. O que fez com que um serviço de streaming que chegasse depois, quase por último, tomasse o reinado do maior - nem desse tempo para os concorrentes menores, que já estão na disputa a mais tempo, tentassem chegar lá?
É fato que a Disney é uma Organização Infinita muito estrategista e perspicaz há décadas. Não estamos falando de uma empresa nova, que nasceu agora; mas não foi isso o que contou como vantagem para a dona do Mickey Mouse.
Honestamente, pouco importa se estamos falando de uma empresa tradicional ou recém-nascida. O que é fundamental nesta história é a mentalidade por trás da organização - e isso sim, de fato, foi construído na Disney há muito tempo.
Trata-se de uma empresa inteligente em fazer parcerias e incorporar outras empresas para seu conglomerado. Este mindset mostra a força e poder de uma empresa relevante. Dificilmente uma startup teria a mesma maestria logo de cara, a não ser que a gestão da mesma venha estudando sobre negócios infinitos há um tempo, mas pode acontecer.
Referência em produção de conteúdo e entretenimento, a Disney resolveu adentrar o mercado de streaming, um mercado que já existia, e aparentemente já estava dominado por outras grandes plataformas. E ela foi pra cima com a Disney+, mesmo chegando “por último”, pois sabia muito bem como dominar este mercado.
A Disney+ soube analisar toda a trajetória da Netflix, seus erros e acertos, e chegar com um olhar de quem veio de fora, já sabendo o que funciona ou não neste mercado. Adentrar em um mercado já dominado por um ou vários outros concorrentes, é uma tarefa desafiante, mas pode ter muitas vantagens competitivas.
No Podcast Organizações Infinitas, sempre trazemos à tona o tema e diferentes perspectivas que podem te ajudar a entender o que é melhor para ser bem sucedido em um negócio: ser o primeiro ou o último.
No último episódio, discutimos mais afundo sobre isso, partindo do exemplo da Disney+ ter ultrapassado a Netflix. Confira:
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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