Andreessen Horowitz aumenta a aposta nas startups da América Latina, e o principal alvo são as fintechs.
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6 min
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27 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Uma das gestoras de investimento em startups mais influentes do mundo vai aumentar suas apostas na América Latina. Mas os alvos são fintechs e healthtechs em estágio inicial.
Com US$ 35 bilhões de ativos sob gestão, a a16z já fez 19 investimentos em startups latino-americanas, incluindo os unicórnios Rappi e Loft, e as iniciantes Addi, Inventa e Latitud. A ideia, agora, é intensificar os investimentos, com cheques que podem variar de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões.
O plano não inclui montar escritórios na região. Por isso, a a16z pretende estreitar relações com fundos de venture capital locais, que o ajudarão em seu deal flow.
“Eles passaram a olhar com mais carinho a região, assim como vários fundos internacionais, que começaram a investir em países emergentes”, disse, ao Neofeed, uma fonte que participou de um evento do BTG Pactual que recebeu alguns executivos da a16z.
Sobre os planos da Andreessen Horowitz para a América Latina, Brian Requarth, cofundador da Latitud, uma das investidas da a16z, no mesmo evento explicou não poder falar em nome da gestora sobre seus planos para a América Latina. “Nós somos um exemplo da startup da América Latina investida por eles, e esperamos que a a16z continue a apostar ainda mais na América Latina”.
Em março, a Latitud recebeu um cheque de US$ 11,5 milhões em uma rodada seed liderada pela a a16z. A rodada marcou um dos maiores valores para esse estágio de investimento na América Latina, e escancarou o apetite que a16z passou a ter na região.
Antes disso, a gestora tinha apostado apenas na Loft, em 2019, e na Inventa, marketplace voltado para o abastecimento de estoque de pequenos lojistas, que recebeu US$ 115 milhões em uma rodada coliderada com a brasileira monashees em janeiro desse ano.
Além do interesse na América Latina, a a16z também demonstrou seu apetite pelas fintechs. Investiu na brasileira NG.Cash; na uruguaia Datanomik, uma plataforma de open banking B2B; e na Yuno, da Colômbia.
Em artigo publicado em outubro, a gestora analisa o surpreendente “vento de cauda” das startups financeiras brasileiras, traz à tona as mudanças regulatórias dos últimos dez anos, elogia o PIX e o open banking e conclui que o futuro das fintechs brasileiras é brilhante.
“A modernização contínua do regime regulatório e a ânsia dos empreendedores brasileiros em criar produtos e serviços atraentes para consumidores e empresas tornam o Brasil um lugar interessante para se estar”, escreveu a gestora.
Em outro trecho do artigo, a a16z deixa um recado: “Se você está construindo a próxima grande fintech, com base nessas tendências ou nas novas esperadas, adoraríamos nos conectar”.
Ser uma nova fintech no mercado brasileiro pode ser desafiador – parece que não há mais espaço para se destacar.
Quando surgiu, o Nubank, não apenas superou a concorrência com outras fintechs, mas também com os grandes bancos, ao oferecer menos taxas e mais tecnologia e comodidade.
É exatamente nessa estratégia que a Abmex se inspirou para entrar no mercado de fintechs: é a única plataforma completa para cursos e treinamentos online do mundo que oferece taxa zero nas vendas de cartão de crédito. Assim, os empreendedores digitais têm um incentivo inicial para começarem a vender seus infoprodutos na plataforma.
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