Alexandre Maioral traz sua visão sobre a importância de uma boa liderança para engajar o time
Alexandre Maioral, presidente da Oracle do Brasil (Foto: divulgação Oracle)
, jornalista
9 min
•
1 ago 2023
•
Atualizado: 1 ago 2023
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Muitas pessoas confundem gentileza com fraqueza. Quando, na verdade, a gentileza caminha ao encontro da liderança humanizada e comunicação não violenta ― dois fatores fundamentais para um bom ambiente de trabalho.
Foi o que me disse Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil, durante uma conversa no escritório físico da empresa de tecnologia ― que, por sinal, tem apresentado resultados melhores que o esperado:
Mas os números positivos e o caminho em direção a tendência de IA não seriam possíveis se o time não estivesse engajado. Para garantir bons resultados, antes de tudo, as empresas precisam ter boas lideranças.
Mas como ser uma boa liderança se a relação humana é o maior segredo da humanidade? Essa provocação não é minha, mas sim do pai de Maioral.
O executivo me contou que cresceu escutando isso de seu pai, que é psiquiatra. “Ele sempre falava desde que eu era muito pequeno: ‘relação entre pai e filho, entre amigos, entre esposo e esposa, colegas de trabalho; toda relação humana é o maior segredo da humanidade’, e não tem uma vacina para isso.”
“Você tem que customizar, personalizar a conversa para que as coisas funcionem da melhor forma”, diz o executivo.
E foi assim, escutando de forma consciente e inconsciente, desde quando estava na escola, que Maioral entendeu que não poderia falar de um jeito comum com todo mundo.
“Isso não iria tirar o melhor das pessoas.” Afinal, cada uma delas reage de uma forma à mensagem dita. Cada uma tem uma forma que a motiva.
Formado em Engenharia Industrial Elétrica e Técnico em Eletrônica, Maioral entrou no mercado de trabalho, empreendeu, desistiu de empreender, entrou em gigantes de tecnologias como IBM e, hoje, como CEO da Oracle Brasil, compartilhou com a gente as dicas de liderança que fizeram e fazem a diferença para ele – e talvez, inspire você:
Ser gentil, segundo o executivo, não tem a ver com fraqueza. Muito pelo contrário, a gentileza faz parte de uma liderança humanizada e comunicação não violenta. Esses dois fatores são importantes para a construção de relações saudáveis no ambiente corporativo.
“Se você acredita de verdade, genuinamente, da forma que está trabalhando, de cuidar das pessoas, de liderar as pessoas, de resultado, olha tua história, entenda o caminho que você está traçando. É o caminho que você acredita mesmo? Então, continua. Essa foi uma dica que eu recebi do meu pai um tempo atrás porque na minha vida não foi só flores [mas esse é papo para a continuação em outra matéria]”, diz Maioral.
Sempre haverá pessoas que criticarão seu trabalho, mas não deixe isso impedir você. Acredite em si mesmo e no que está fazendo. “Porque sempre vai ter gente criticando, sempre vai ter gente falando que você está fazendo besteira. E pode até estar fazendo, mas você está pensando em acertar? Está analisando os dados e o contexto das pessoas?”, provoca o executivo.
Escolha seus aliados, se cercando de pessoas que querem o seu bem e que você possa desabafar. Essa é uma das formas para que você drible a Síndrome do Impostor.
“A Bruna, que é minha esposa, que está com filho pequeno, é super meu porto seguro. Às vezes, na posição que você está, não consegue falar tudo que você pensa para as pessoas dentro da empresa, porque de alguma forma, mesmo que eu desabafe [com alguém internamente], eu poderia estar falando alguma informação que ela não deveria saber ou que possa interpretar de forma errada. Então eu falo muito com a Bruna.”
Você não é o cargo que tem hoje. Você é uma pessoa, e está aqui para fazer um bom trabalho. Não deixe sua posição se tornar sua identidade. “Amanhã ou depois pode estar na hora de fazer outra coisa. E está tudo bem”, conta o executivo. Aproveite a jornada.
“A tecnologia vai acabar com algumas algumas profissões que são operacionais, mas se as pessoas que atuam operacionalmente entenderem essa mudança com antecedência e se prepararem, elas se tornarão muito mais relevantes e, quem sabe, com salários e com posicionamentos muito melhores do que tinham naquela naquela posição”, diz Maioral.
O executivo também cita o case da TIM, em que desligaram os data centers, pararam de cuidar da infraestrutura e levaram para a Nuvem da Oracle. “A Auana Mattar, CIO da TIM, treinou e cuidou para que essas pessoas se desenvolvessem para fazer coisas diferentes dentro da própria TIM”, diz ele.
“Então, eu não acho que o impacto não é de perder empregos, mas sim tem que se preocupar de entender como você continua estudando e se desenvolvendo para ser relevante”, conclui.
Para ser uma boa liderança, é preciso aprender a lidar com pessoas, motivá-las, inspirá-las e engajá-las. Para isso, é necessário que você também tenha a soft skill de inteligência emocional.
E ah! Durante a entrevista, Alexandre Maioral também falou sobre modelo de trabalho, licença-paternidade, síndrome do impostor e sucesso. Mas esses são assuntos para o próximo artigo, que será publicado, em breve, no app StartSe.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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