Nunca foi tão fácil investir em startups e a geração Z vem demonstrando cada vez mais apetite pela inovação. Entenda como e por que jovens investem cada vez mais em startups - e o que isso indica.
, Head de Conteúdo na Captable
5 min
•
27 mai 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Por Victor Marques
A revista norte-americana Wired trouxe nesta semana a história de Jhonnie Yu, um investidor americano, com apenas 21 anos de idade, que ficou sabendo de uma startup que estava levantando um round pequeno de investimentos e decidiu aportar US$ 2,5 mil. Pode parecer pouco, para quem está acostumado com o mercado de Venture Capital, que levanta rodadas de milhões, mas cada vez mais investidores começam a experimentar os investimentos na Nova Economia - mais cedo do que se imagina.
A história do Jhonnie não ocorre em um vácuo: a busca por investir em troca de participação em uma startup inovadora é tendência nos EUA. Além da possibilidade de ganho financeiro, a geração Z vê esse tipo de investimento como uma maneira de diversificar e complementar investimentos mais tradicionais, muitas vezes feitos pelos pais, como no mercado imobiliário, renda fixa e variável.
As plataformas de investimento em startups possibilitaram que esses investidores mais jovens tivessem acesso à economia das startups pela primeira vez. O objetivo é mais participar do mercado, ficar sabendo de novas startups inovadoras do que ficar rico. Claro, todos esperam algum retorno, mas muitas vezes o que está comprando é o acesso, a conexão com empreendedores e times disruptivos. Os efeitos são tantos que são muitas vezes maiores que o próprio investimento monetário.
Historicamente, esse tipo de investimento não era acessível para pessoas mais jovens, mas as mudanças regulatórias - que fizeram plataformas de investimento em startups nascerem - abriram as portas para esse novo mundo. Permitindo que qualquer um invista, sem exigir investimentos incompatíveis com suas realidades.
Nos EUA, a WeFunder e a Republic surgiram para democratizar o investimento em startups, as plataformas não exigem que esses investidores sejam, obrigatoriamente, qualificados. Na prática, as plataformas permitem que as pessoas votem, com seus dólares (nos EUA), em quais startups merecem receber os aportes.
No Brasil, os investimentos em startups através de plataformas vêm crescendo consistentemente: mesmo com a pandemia, a modalidade captou valor 22% maior em 2020, quando comparado ao ano anterior. A CapTable, maior plataforma do país - que já detinha 49% do market share dos investimentos no modelo -, já intermediou mais investimentos em 2021 do que em todo o ano anterior.
Os investimentos da Geração Z (nascidos de 1995 a 2010) através da CapTable já somam mais de R$ 1,4 milhão aportados e os usuários dessa geração já são quase 12% da base de investidores. Os motivos para o interesse crescente são a maior afinidade com tecnologia e inovação - a geração Z já nasceu rodeada de tecnologia -, vontade de se inserir no ecossistema de inovação, aumentar seu networking e apoiar empresas com valores alinhados aos deles.
Além disso, os investidores da geração Z já estão mais acostumados a usar serviços de startups e, geralmente, não veem valor em soluções antiquadas, propostas pelas empresas tradicionais. É em busca de não serem percebidas como desatualizadas ou ficar para trás que as empresas tradicionais estão comprando cada vez mais startups, o que também gera reflexo positivo para quem investe nelas.
O aumento da participação da Geração Z nesse tipo de investimento mundialmente dá indicativo dos caminhos que o setor deve trilhar por aqui. Com a tendência de cada vez mais startups oferecerem serviços melhores e que atraem mais clientes é natural que os investimentos também comecem a se concentrar nesse mercado.
Os investidores vão para onde o consumo se move e nada melhor para indicar o direcionamento do consumo do que as gerações mais novas, que mostram os modelos que devem se sustentar quando elas chegarem em seu pico econômico de atividade. É uma maneira de prever - com base em dados - o futuro dos negócios.
Plataformas de investimento, como a CapTable, devem cada vez mais expor um número maior de pessoas aos negócios inovadores, com mais potencial de conquistar clientes. E se os investidores que fazem parte da geração Z já dão indicativos de que investir nesse modelo faz sentido, com negócios alinhados aos seus interesses, é lógico pensar em ter startups como parte do seu portfólio - uma maneira de garantir que seus investimentos ainda serão relevantes no futuro.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, Head de Conteúdo na Captable
Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!