Warren Buffett, Goldman Sachs… todo mundo quer uma fatia do bolo irresistível das fintechs brasileiras. Saiba mais sobre o investimento na MeuTudo, fintech de crédito consignado.
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6 min
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11 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Nem só de Nubank vive o mercado de fintechs brasileiro. Depois do Nubank chamar a atenção de Warren Buffett, outra fintech conquistou investimento volumoso de um nome de peso: a MeuTudo -- fintech de crédito consignado -- recebeu investimento de R$ 2,1 bilhões da Goldman Sachs Asset Management, o investimento inclui participação acionária além de financiar sete FIDCs (um tipo de fundo de investimento caracterizado pela aquisição de direitos creditórios, ou seja o financiamento das operações de crédito de uma instituição).
A MeuTudo foi fundada em 2017 e começou operando como um marketplace de soluções de crédito consignado oferecidas por nove bancos diferentes. A ideia era remover o intermediário, profissionais autônomos que vendiam essas soluções em troca de uma comissão - geralmente visitando clientes, um a um.
Além da baixa eficiência, esse modelo antiquado trazia outros problemas: tentativas de conseguir o maior valor de empréstimo possível (já que a comissão é proporcional), não pensando no melhor para o cliente, o que ocasionava alto número de reclamações e, como consequência, maior custo do empréstimo - que precisa considerar a comissão paga ao autônomo.
A fintech ainda trabalha com o mesmo princípio - eliminar intermediários. Inclusive, eliminou mais um: hoje a MeuTudo trabalha oferecendo empréstimos próprios, através de FIDCs, sem depender dos bancos.
Ainda assim, a MeuTudo se insere num mercado de alta concorrência, com margens apertadas e clientes que, em sua maioria, não estão adaptados às soluções digitais - 100% das operações de crédito são feitas via app. A expectativa da fintech é que, com a pandemia, a digitalização "forçada" tenha trazido mais proximidade do público aposentado - um dos principais clientes de empréstimos consignados - às soluções digitais.
Segundo a MeuTudo as conversas com o Goldman Sachs começaram envolvendo apenas o funding para as operações de crédito mas evoluíram para incluir participação acionária do Goldman Sachs na fintech.
Marcio Feitoza, fundador da MeuTudo, disse em entrevista ao Brazil Journal que a Goldman não queria cometer o mesmo erro que ocorreu quando investiu na operação inicial do Nubank, deixando de comprar participação acionária no roxinho - o que os impediu de participar de todo o crescimento que tiveram depois.
A rodada de investimento teve follow-on da DOMO Invest, que já havia investido na fase seed em 2019 e, com os recursos combinados aos da Goldman Sachs, permitirá a aceleração do lançamento de novos produtos, como cartão de crédito vinculado ao salário, consignado vinculado ao FGTS - recentemente regulamentado pelo Banco Central - e outras linhas de crédito consignado (hoje opera exclusivamente no INSS).
Outra área que ganhará atenção é a portabilidade, ou seja, pessoas que querem migrar de instituições que ofereceram crédito consignado a taxas maiores para a solução da MeuTudo. Segundo a fintech, há uma fila de mais de 200 mil clientes para portabilidade que não foram atendidos por falta de recursos.
O investimento na fintech é mais uma evidência que os fundos internacionais estão de olho no potencial de crescimento das fintechs brasileiras. Depois de Warren Buffett investindo no Nubank, o investimento da Goldman Sachs é mais um sinal do apetite e confiança dos investidores nas soluções propostas pelas fintechs nacionais.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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