Vem mudança por aí e é para a melhor, mas é preciso entender as premissas do Google Analytics 4 e, claro, o que você quer analisar. Entenda
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7 min
•
30 mai 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
O Google Analytics é uma das plataformas de métricas mais utilizadas pelas empresas. Através dela, é possível entender as movimentações que site e app estão tendo, gerando insights para melhorar a performance e crescer em número de acesso -- consequentemente, em vendas.
Agora, quem utiliza a ferramenta ou pretende começar deve se atentar: o serviço anunciou o Google Analytics 4, ou GA4, que vai deixar o Universal Analytics na retaguarda. A mudança vem em nome das novas leis de proteção de dados, sabe por que? O GA4 opera em todas as plataformas, não depende exclusivamente de cookies e usa um modelo de dados baseado em eventos para fornecer medição centrada no usuário.
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Gustavo Esteves, CIO do Métricas Boss e um dos grandes nomes quando se trata de GA4, diz que a primeira mudança substancial é a integração dos dados de app e web, ou seja, se você tem também um aplicativo, agora consegue unir os dados de navegação em um lugar só. A coleta de dados também mudou e agora é focado em eventos -- sendo toda interação do visitante considerada um evento de métrica.
Dessa forma, a métrica é otimizada (Enhance Measurement), já que o GA4 consegue rastrear novas métricas de engajamento como visualizações de vídeo incorporado ao site, rolagem de tela, clicks em links externos. E isso é apontado pelo especialista como o terceiro diferencial da ferramenta, que é o jeito como o relatório é gerado. “A gente estava acostumado a ver os relatórios prontos, sendo que para os especialistas do tema era a pior forma. Agora ele vem com a premissa de ou você sabe o que quer ou você não sabe nada.”
Comparado à versão anterior, ele se torna mais centralizado -- só quem entende das premissas de análise de dados vai conseguir usufruir da plataforma. “Verdade seja: no digital, todo mundo deveria entender o básico de métricas”, diz Gustavo.
Mas o que é o básico quando a gente fala em métricas? “No digital você pode medir tudo, mas o básico pra mim é justamente entender o que essa métrica quer dizer, como ela calculada e como interpreto", explica. O contexto da métrica dentro da sua estratégia vai dar norte às ações e mostrar porque certos comportamentos estão ocorrendo.
“O início de tudo é entender os objetivos para que a gente possa determinar quais são os indicadores de performance que vão estar ali - para entender os porquês.” A ideia, no fim, é tornar a conversa e publicidade cada vez mais amigável e próxima do usuário, reduzindo os ruídos e o gasto da empresa. E essa jornada focada no usuário existe na plataforma: o Google Analytics 4 possibilita o rastreamento da jornada do seu cliente mesmo que ele mude de dispositivo durante a experiência com uma empresa. Assim, os dados daquele usuário não serão perdidos mesmo que ele mude de canal.
Então depois que você entende seu objetivo e o que você precisa analisar, é hora de entender a plataforma – Gustavo montou um guia de como instalar o GA4 aqui, dá uma olhada.
“Como toda mudança, ela sempre assusta. A gente sempre vai acreditar que a mudança é ruim, mas em suma as pessoas ficam muito perdidas porque elas tão acostumadas daquela maneira. Acho que existem formas da gente ver isso e uma delas é entender como o GA4 funciona. Se você entender, a parte número dois é criar um plano de mensuração, do que a gente quer medir e porque a gente quer medir. Antes, com o Universal, as pessoas tinham a falácia de ‘vamos mensurar tudo’, mas é um ato preguiçoso. Isso gera ansiedade a tudo", pontua Gustavo. “Meça o que de fato é relevante pra você e pro seu negócio. São 500 eventos no máximo, saiba o que você quer analisar, o que você quer medir.”
Com as mudanças nas políticas de privacidade e uso de Cookies, o Google vem mudando o jeito de entregar métricas e também de coletá-las. Focado em estratégias mais robustas, que conversem com dados e sejam centradas no usuário, de forma a criar conexões e menos interrupções. Você tem feito isso? O marketing online vai ter que se adaptar cada vez mais e sair na frente é sempre um diferencial.
Além disso, trata-se de evoluir para acompanhar a Google Marketing Platform como um todo. Usar o que há de mais recente na coleta de dados do Google permitirá que você aproveite e integre suas metas de mídia e de vários canais na plataforma de marketing do Google para amadurecer as estratégias de ativação de dados. Ah, as propriedades do Google Analytics 4 ainda terão uma versão gratuita, então sem desculpas para não começar a testar, hein?
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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