Depois de eliminar o projeto dos balões, a Alphabet, controladora do Google, está rodando novos testes para levar internet a áreas remotas.
, Jornalista
6 min
•
3 ago 2023
•
Atualizado: 3 ago 2023
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A Starlink, internet de Elon Musk que chega a áreas remotas usando satélites, pode contar muito em breve com a concorrência da Alphabet, dona do Google. Agora, a empresa aposta em lasers para alcançar locais extremos por meio do projeto Taara.
Mas não é algo tão novo: o projeto está em andamento desde 2016. Antes, a Alphabet estudava o uso de balões estratosféricos e acabou tendo que recuar pelos problemas e altos custos.
A Taara é uma máquina que erradia feixes de luz, que transportam dados. Ela tem o tamanho de um semáforo e funciona, basicamente, como uma fibra óptica sem cabos.
Em teste, o projeto está sendo implementado em larga escala na Índia, mas já ajuda a conexão de outros 13 países. A parceria por lá é feira com a Airtel, empresa multinacional da Índia de serviços de telecomunicação.
O projeto faz parte do laboratório de inovação da Alphabet, chamado X, também apelidado de “Moonshot Factory“;
De acordo com o site do projeto, o tráfego global da Internet está projetado para crescer cerca de 25% ao ano.
“O cabo de fibra óptica pode suportar esse crescimento na demanda, mas a implantação de uma extensa rede de fibra geralmente significa complicações de implantação. Planejar e cavar valas para estabelecer linhas pode ser demorado e caro, e o terreno difícil pode apresentar desafios físicos que tornam a expansão quase impossível.”
Em 20 dias, o link óptico a laser criado na África transmitiu cerca de 700 TB de dados entre duas cidades a cerca de 5 km de distância uma da outra, com 99,9% de disponibilidade.
Para isso, os links do Projeto Taara serão colocados em locais altos; assim, eles são capazes de ajustar automaticamente seus espelhos para conectar “um feixe de luz com precisão suficiente para atingir um alvo de 5 centímetros que está a 10 quilômetros de distância”.
O fomento ao uso da Internet em áreas remotas cria dois aspectos, principalmente para a Alphabet, dona do Google: uma é criar oportunidades e acesso para quem está à margem do desenvolvimento tecnológico e ainda não consegue aplicar recursos de otimização em negócios e no desenvolvimento local, como em escolas, por exemplo.
E, do outro, é manter sua relevância em projetos que garantam acesso aos seus produtos, como o Google, mas também se manterem competitivos em um cenário onde as tecnologias avançam rapidamente.
Tanto é que a empresa está focada em áreas remotas, mas o diretor de tecnologia da Airtel, Randeep Sekhon, disse que o Taara também ajudará a fornecer serviços de internet mais rápidos em áreas urbanas de países desenvolvidos. De acordo com ele, é mais barato transmitir dados entre edifícios do que enterrar cabos de fibra óptica.
Assim, testando rápido e movendo-se rápido, a empresa detecta movimentos para agilizar as necessidades do mercado. O balão não deu certo, ela parte para outra. Será que agora vai?
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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