Enquanto o marketing tradicional se concentra no topo do funil de marketing, o growth marketing também se concentra em reter esses clientes e levar o envolvimento a um nível totalmente novo
, Jornalista
9 min
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18 abr 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
Se você leu Growth Marketing e chegou em busca de fórmulas mágicas, eu tenho uma notícia: não é bem por aí. Durante muito tempo, gurus da internet entregaram o que seria a salvação para as empresas e no fim todo mundo acabava fazendo igual. O problema? Você deixa de se diferenciar no mercado e fica patinando, sendo que todas as respostas que você precisa já estão por aí na sua empresa, basta prestar atenção -- e é com essa motivação que o Growth Marketing faz sentido.
Ao olhar para o seu público e todos os insights que ele te entrega a partir dos dados, é possível criar soluções inovadoras, que provavelmente seus concorrentes não estão olhando. Mas o que você precisa analisar? O que vai te ajudar a chegar a esses resultados? E ele vai ser um hacking milagroso?
O Growth Marketing é um método de marketing holístico, que une ferramentas e frentes do marketing, comunicação, digital e tecnologia para construir resultados consistentes e sustentáveis a médio e longo prazo.
Growth significa foco em crescimento e pode até parecer redundante diante da promessa do marketing, que é fazer a empresa crescer. Mas olhando para o funil de vendas e tudo que a empresa oferece ao longo dele, a proposta do “Growth Marketing é fazer experimentos e entender o que funcionou, o que não funcionou, se tornando uma documentação permitindo que a empresa entenda onde acertou e fazer growth trazendo novas aquisições, fazer growth e aumentar a retenção, e com esse aprendizado olhar o que a gente acertou. Dessa forma, a gente descobre táticas e técnicas não tão simples ou que não estavam na cara dos nossos concorrentes e que com isso a gente possa virar a chave. Mas mesmo sem essa virada de chave, a gente vai fazer os experimentos porque a gente tem que tomar as decisões com menos achismos e mais dados”, explica Gustavo Esteves, CIO da Métricas Boss.
+ O que é Inbound Marketing e como ele influencia o sucesso de uma empresa
A partir disso, é possível gerar crescimento exponencial, atuando em cima de hipóteses e testes, olhando para todos os canais, mensagens e setores da empresa. Por isso é importante pensar no processo como aprendizado, de acordo com Gustavo: “a gente tem que olhar e entender que tem uma cultura do aprendizado e tem que tornar isso factível. Entender que a gente aprende e que nem sempre a gente faz um teste e vai gabaritar. O importante é que errando que se aprende, mas com growth a gente erra rápido para acertar rápido.”
“Growth é a gente crescer alguma coisa. Growth marketing é crescer o marketing que a gente aprendeu com o growth hacking”, explica Gustavo. Mas vamos começar do começo: o termo growth hacking foi cunhado em 2010, por Sean Ellis (ex-líder de Growth do Dropbox e do LogMeIn e fundador do Qualaroo e do GrowthHackers).
E nesse contexto, o Growth Hacking desempenha um papel importante no Growth Marketing porque é necessário tentar novas ofertas e mensagens regularmente para atrair novos clientes e mantê-los envolvidos. Mas eles têm diferenças significativas, como o tempo -- o growth hacking foca em ações a curto prazo, agindo em determinadas metas de vendas, por exemplo. Em contexto, os dois podem e devem caminhar juntos.
“O growth é pra todo mundo, mas o que muda é o estágio.” Nem sempre a gente acerta de primeira e tudo bem. Para Gustavo, a gente vive em uma bolha, mas é possível ir rompendo conforme o público se posiciona e indica os caminhos a seguir. Para isso, você pode seguir o caminho mais longo, que obviamente demanda mais tempo e recursos, mas te dá mais certezas do que pode funcionar ou o atalho, que tem muitas dificuldades e pode te abater no caminho, mas é mais rápido.
Escolher o atalho tende a ser mais comum porque, de acordo com Gustavo, as pessoas miram em quem está na jornada há muito tempo. Olhar para o case da Hubspot, por exemplo, e achar que foi do dia para a noite que ela conquistou tanto - não foi bem assim. Por isso é preciso entender em que estágio a sua empresa está e definir alguns pontos estratégicos antes de, de fato, pensar no Growth. Veja 4 pilares que te ajudam com isso:
+ Growth: como criar uma máquina de vendas!
Uma cultura que tem espaço para o erro, que saiba fazer testes, mas que, principalmente, consiga mensurar e entender os resultados disso. Ao acertar, é possível voltar e entender todas os passos dados nessa direção e o que impactou.
Se o movimento começa de cima para baixo, de acordo com Gustavo, pode ser mais fácil implementar a cultura, que deve ser vivida por todos para fazer sentido.
Para Gustavo, fica a indignação: não dá para falar sobre Growth Marketing se as pessoas ainda não sabem ler métricas básicas. “LTV e CAC é obrigação. Mas pra chegar nessas taxas, você deve saber olhar etapa por etapa. A minha orientação é criar um documento para entender o que cada uma dessas letrinhas significa e como elas me ajudam a chegar nos objetivos que eu desejo.” Para ele, não é preciso ser nativo, mas entender o básico é fundamental.
Ele elenca pessoas em terceiro lugar porque não adianta ter uma equipe se a empresa não vive a cultura de growth e não tem letramento em dados. A partir dos dois tópicos anteriores, a empresa consegue entender em que estágio está e qual pessoa pode ajudar no momento - alguém junior que vai aprender junto ou um sênior que vai ter mais expertise e pode fazer decolar mais rápido.
Por fim, as ferramentas. O especialista explica que não adianta ter a Ferrari das ferramentas se a equipe não dá conta de manusear ou não utiliza todas as potencialidades. Por isso, é fundamental uma formação ou contratação de acordo com o que a empresa pode e precisa naquele momento.
Dizendo com propriedade, Gustavo conta que “56% das pessoas que assinam meu curso hoje vem dos meus esforços de marketing que não tem investimento em mídia paga.” Por que? O Métricas Boss fez um movimento baseado no conteúdo orientado a dados, colocando esforços em cima do mesmo conteúdo.
Então o vídeo que é gravado para o YouTube também se torna um artigo no site, vira um podcast e um release que é enviado para a imprensa, dependendo do tema. Um esforço é multiplicado e os resultados aparecem: hoje o podcast está entre os 15 mais ouvidos na área de tecnologia do Spotify.
“Mas aí você tem que adaptar! Leia, escute, veja o que as pessoas e cases estão te mostrando sobre Growth Marketing, mas faça do seu jeito”, orienta Gustavo. Nem tudo vai servir para todo mundo.
Essa estrutura apresentada por Gustavo, na prática, apresenta uma das estruturas mais populares do Growth Marketing que é o funil pirata ou AARRR. Essa estratégia divide em etapas e atribui métricas para mapear a jornada:
+ Os cinco níveis do Growth Marketing, com Emília Chagas
Começando em um podcast, ele transforma os ouvintes em clientes, que além de fazerem o curso, seguem acompanhando e divulgando o conteúdo.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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