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Gucci lança tênis virtual por US$ 12; conheça a tendência de vender roupas digitais

Você compraria acessórios, roupas e tênis para usar apenas de forma online? Entenda sobre essa tendência que veio para ficar.

Gucci lança tênis virtual por US$ 12; conheça a tendência de vender roupas digitais

Gucci lança tênis virtual por US$ 12; conheça a tendência de vender roupas digitais (Foto: divulgação site Wanna)

, jornalista

10 min

28 abr 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Sabrina Bezerra

A grife Gucci anunciou o lançamento de um tênis virtual por US$ 12. Chamado de Virtual 25, o calçado é fruto de uma parceria entre a marca de luxo e a Wanna, empresa de moda especializada no marketing em realidade aumentada. Diferente dos sapatos tradicionais — que ao comprar pela internet — são entregues em sua residência, o virtual é usado apenas no universo digital. Pode parecer uma prática estranha, mas a modalidade é uma tendência que ganhou destaque com o surgimento do NFT (token não fungível). Mas vale ressaltar: diferente do "token não fungível", eles não são exclusivos; várias pessoas podem comprá-lo. 

Quer saber como abandonar o seu jeito velho de fazer as coisas e a como construir o seu negócio com o cliente? Assista à essa aula gratuita.

Gucci lança tênis virtual por US$ 12; conheça a tendência de vender roupas digitais (Foto: divulgação Gucci)

COMO FUNCIONA O VIRTUAL 25

O tênis — desenhado por Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci — pode ser comprado por meio do aplicativo da startup Wanna (que deve estar integrado ao app da Gucci). O pagamento é feito por meio da Apple Store (iOS) ou pelo Google Play Store (Android).

O uso do tênis virtual é similar aos filtros usados em redes sociais: basta mirar a câmera para os pés e pronto, você estará usando seu novo calçado (veja imagem acima). Além disso, pode ser ostentado em empresas digitais parceiras como Roblox, Snapchat e VRChat.

Gucci lança tênis virtual por US$ 12; conheça a tendência de vender roupas digitais (Foto: divulgação Gucci)

POR QUE A GUCCI LANÇOU UM TÊNIS VIRTUAL

A tradicional grife italiana está de olho em um novo público: o da Geração Z e quer se posicionar no mercado como a marca de moda mais inovadora no universo online. 

No entanto, essa não é a primeira vez que a empresa lança um produto digital. Nos últimos anos, a companhia tem criado uma série de versões de seus looks virtuais para avatares de videogame, por exemplo. 

"Esta iniciativa testemunha a capacidade única da Gucci de combinar o passado com o contemporâneo, vintage com tecnologia, o real com o virtual. Está criando um apego ainda mais forte, porque as pessoas se sentem mais próximas da marca. Os clientes se sentem como se estivessem ter uma experiência compartilhada em co-criar com a Gucci”, disse a empresa

A TENDÊNCIA DA MODA VIRTUAL

A moda virtual (e não estamos falando de e-commerce), e sim, de looks vendidos com o propósito de uso apenas no mundo digital está crescendo. As roupas inovadoras — criadas por softwares — tem movimentado milhões e criado a sua própria economia. O mercado de games é o mais popular do segmento: os jogadores compram os acessórios e as roupas para vestir seus avatares. E veja só esse exemplo: no ano passado, uma pessoa comprou um par de tênis virtual por US$ 2.400 para usar no jogo de celular Aglet. No Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), as roupas podem custar R$ 600 mil. É muita grana.

A Nike também está nessa. Em parceria com o game Fortnite lançou um tênis virtual. A Louis Vuitton também tem apostado na tendência. Desenhado por Nicolas Ghesquère, diretor artístico de coleções feminina, roupas virtuais da grife foram vendidas para jogadores do "League of legends", jogo eletrônico da Riot Games. E segundo pesquisa da SuperData, empresa de dados e estatísticas do universo dos games e eSports, embora o jogo seja gratuito, as vendas dentro dele foram responsáveis por um faturamento de US$ 1,7 bilhão em 2020

A Dress-X foi fundada no ano passado pelas ucranianas Daria Shapovalova e Natalia Modenova. A marca vende apenas roupas virtuais. Para comprar, o usuário procura o item desejado, clica em comprar; depois vai aparecer uma janela para fazer download de sua foto. Feito isso, o arquivo vai para a equipe técnica — responsável por ajustar as roupas ao corpo da foto. Por fim, são enviadas aos compradores, que podem postá-las nas redes sociais.

Mas quem disse que a moda não está presente no NFT? Está sim (leia esse artigo para entender mais sobre o que é essa tendência). Ainda no ano passado, a startup holandesa The Fabricant, Dapper Labs e a artista Johanna Jaskowska venderam um vestido digital por US$ 9.500.

A Dress-X foi fundada no ano passado pelas ucranianas Daria Shapovalova e Natalia Modenova. A marca vende apenas roupas virtuais. (Foto: Divulgação site Dress-X)

POR QUE É IMPORTANTE VOCÊ SABER DISSO?

A chegada da pandemia de coronavírus acelerou ainda mais a revolução digital — que já estava a todo vapor. Aliás, a covid-19 mostrou a necessidade de se reinventar de forma rápida em meio ao caos (falamos um pouco sobre isso neste artigo)

Com a chegada da pandemia, o comportamento do consumidor mudou, ficou voltado freneticamente ao digital. Passaram a usar com mais frequência as redes sociais (TikTok foi uma delas) e houve aumento no número de jogadores de videogame. Os dois aspectos trouxeram à tona a venda de bens virtuais. Seja para usar em redes sociais ou jogos online. 

Aliás, quando o assunto é game, o número é estrondoso: em média, os jogadores passam cerca de sete horas jogando e gastam cerca de US$ 100 bilhões em acessórios e roupas virtuais.

A movimentação deve se tornar uma tendência que veio para ficar principalmente porque a geração Z — os nascidos entre 1995 e 2010 — são nativos digitais. E vale lembrar: “jovens sempre refletiram o zeitgeist de sua era, ditando tendências e novos comportamentos que influenciam a sociedade como um todo”, diz uma pesquisa da Mckinsey, realizada em parceria com a Box 1824. 

 

 

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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.

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