Entenda o que está por trás da escalada tarifária, como o Brasil está sendo impactado e o que esperar nos próximos capítulos desse embate entre potências.
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17 abr 2025
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Atualizado: 17 abr 2025
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A tensão comercial entre China e Estados Unidos está longe de ser uma novidade, mas também parece longe de chegar ao fim. Desde o início do segundo mandato de Trump, em janeiro deste ano, o que se vê é uma verdadeira guerra tarifária, cujos efeitos atingem o mundo inteiro de alguma forma. Saiba o que aconteceu até aqui.
No dia 2 de abril, Trump anunciou um pacote de tarifas sobre diversos países, incluindo a China, que teve uma das maiores taxações. Dois dias depois, a China retaliou, anunciando uma tarifa de 34% sobre produtos dos EUA. E, desde então, o clima é esse.
Trump respondeu a retaliação aplicando uma taxa adicional de 84% sobre todas as importações, elevando o total de taxações para 104%, China anunciou mais uma tarifa retaliatória de 84%, Trump aumentou a tarifa para 145%, China subiu para 125%.
“Por trás de tudo isso, existe um conflito maior: os EUA querem conter o avanço chinês em áreas como tecnologia, semicondutores, inteligência artificial e infraestrutura global”, analisa Junior Borneli, CEO da StartSe. “Por outro lado, a China quer afirmar sua soberania econômica e reduzir a dependência de tecnologias ocidentais.”
O que resta para nós no meio dessa guerra?
Segundo Junior Borneli, os efeitos para o Brasil são vários, começando pelas exportações. Se a China reduz as compras dos Estados Unidos, pode aumentar a demanda por commodities brasileiras. Por outro lado, uma desaceleração da economia chinesa diminui a demanda global, o que impacta diretamente os preços da soja, do minério de ferro e da carne, por exemplo.
As importações também sentem o impacto: se os custos sobem na China, sobem aqui também. Além disso, há o risco de a China inundar outros mercados com produtos a preços agressivos, numa tentativa de compensar a perda do mercado americano.
Outro efeito importante é a insegurança nos investimentos. Tensões comerciais geram instabilidade jurídica e econômica. E quando os investidores recuam, o capital encolhe e menos empregos surgem.
A verdade mesmo é que não tem como saber. A tendência é que a disputa entre China e Estados Unidos continue moldando o cenário global, e, consequentemente, impactando o Brasil. O país pode até se beneficiar pontualmente com oportunidades comerciais, mas a volatilidade nos mercados e a imprevisibilidade nas relações internacionais exigem atenção redobrada.
Para as empresas e investidores brasileiros, o momento pede estratégia, diversificação e capacidade de adaptação rápida a um tabuleiro que muda diariamente. E, enquanto estiver mudando, nós vamos estar aqui, te munindo de informações e análises para te ajudar nos próximos passos do seu negócio.
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Produtora de conteúdo multimidia que escreve sobre carreira, negócios e tecnologia na StartSe.
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