A startup oferece assinatura de consultas online e foi certificada pela ONU; entenda.
Médica fazendo atendimento de paciente pelo celular (foto: Getty)
, jornalista
6 min
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16 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
A história começou no início da pandemia de coronavírus, quando Leandro Rubio e Rafael Brandão junto com Cristiano Kanashiro (da consultoria GO.K) e Carlos Franchi Junior lançaram a Missão COVID, plataforma gratuita e sem fins lucrativos que oferece atendimento médico online para pacientes com suspeita de covid-19. O objetivo era evitar a ida de pacientes com quadros leves desnecessariamente para os hospitais.
A partir da experiência — e dos feedbacks positivos — dos pacientes, Rubio decidiu fundar a Starbem, startup que oferece atendimento online para qualquer problema de saúde com preço popular. “Muitos pacientes começaram a perguntar ‘doutor, você poderia continuar com a telemedicina mesmo após a Missão COVID, né?’”, conta Rubio em entrevista à StartSe. “Eu não poderia ficar de braços cruzados. Por isso, criei o novo projeto. […] Uma nova missão."
A empresa oferece três opções de pacote: mensal (1 consulta por videochamada por mês, renovação de receita e descontos em exames) por R$ 19,90; anual (8 consultas por videochamada por ano, renovação de receita e descontos em exames) por R$ 14,90; e semestral (4 consultas por videochamada incluídas por semestre, renovação de receita e descontos em exames) por R$ 16,90. “Mas é importante dizer que não se trata de um plano de saúde”, diz Rubio. E sim, de uma assinatura em que o paciente escolhe a opção que melhor se enquadra ao seu perfil. As consultas são realizadas de forma online por meio do WhatsApp.
A Starbem também atua no segmento B2B e oferece para as empresas aulas de bem-estar, como nutrição, meditação, psicologia e yoga. E o braço B2B2C. “Que funciona assim: uma empresa que tem grande carteira de clientes usa a Starbem para distribuir o produto para os seus usuários e os clientes”, conta.
Hoje, os médicos são pagos por atendimento realizado, mas o objetivo é, em breve, contratá-los.
Apesar da healthtech ter surgido com foco no público que não tem plano de saúde, o empreendedor conta que quase 40% dos clientes B2C tem plano de saúde. "Eu achei que o projeto fosse mais para a galera que depende do SUS. Com isso, a gente vê como existe uma grande oportunidade para os usuários da operadora também", afirma o empreendedor. Atualmente, a empresa conta com 2.500 assinantes e, em média, cerca de 380 consultas por mês são realizadas.
O plano para os próximos dois meses é turbinar a plataforma com tecnologia, como por exemplo, inteligência artificial. “Com isso, será possível fazer a leitura dos sinais vitais (pressão, frequência cardíaca e respiratória) pelo celular. Ou seja, por meio de uma selfie, o aplicativo vai conseguir detectar todos os dados”, conta Rubio.
A startup também recebeu o selo do Pacto Global da ONU ao qual se comprometeu em apoiar os dez princípios sobre direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. “Estamos empenhados em tornar o Pacto Global e seus princípios parte da estratégia, da cultura e das operações cotidianas de nossa empresa e em desenvolvermos em projetos cooperativos que promovam os objetivos mais amplos de desenvolvimento das Nações Unidas, em particular os objetivos de desenvolvimento sustentável", afirma Rubio. “Estamos atuando fortemente nos pilares de ESG."
O mercado de healthtech tem crescido — principalmente com a chegada da pandemia de coronavírus. O setor tem chamado a atenção também de investidores. Somente no ano passado, foi um dos segmentos que receberam aporte acima de US$ 100 milhões.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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