Lidiane Jones reflete sobre avanços da tecnologia e potenciais de inclusão e produtividade no mundo do trabalho
Lidiane Jones (Fonte: LinkedIn)
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6 min
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15 set 2023
•
Atualizado: 15 set 2023
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Há 9 meses, o CEO e cofundador do Slack, Stewart Butterfield, anunciou que estava deixando a companhia e passando o bastão para a brasileira Lidiane Jones.
“Sou muito otimista em relação a isso”, declarou Lidiane em conversa exclusiva com jornalistas realizada na última quarta-feira (13), durante o evento Dreamforce.
“Quando conseguimos ser genuinamente nós mesmos na hora de trabalhar e focar naquilo que é inerentemente humano, como nossa criatividade e engenhosidade, podemos fazer coisas incríveis", disse a executiva.
"A IA pode lidar com as atividades burocráticas e repetitivas para que a gente foque no que é realmente importante para o mundo e para a organização. Se feita bem e com responsabilidade, ela pode nos ajudar a ser profissionais melhores e ser algo, de fato, transformador. Estou muito animada para ver isso ganhar vida”, completa.
Embora a Inteligência Artificial esteja no topo da lista de prioridades dos CEOs em todo o mundo, 52% dos consumidores não confiam que a tecnologia seja segura.
O receio em relação à tecnologia é o que ele chama de “trust gap”, ou lacuna de confiança, que deve ser endereçada pelas companhias para evitar alucinações (quando a IA entrega fatos, respostas ou informações falsas), vieses e conteúdos tóxicos.
No caso do Slack, responsabilidade parece ser a palavra-chave para construir um software de confiança e estabelecer uma parceria de longo prazo com os clientes.
“Ter um padrão e um nível elevado de ética tem sido fundamental na forma como construímos nosso software e como nos comportamos. Cada passo que damos é para construir uma tecnologia que não apenas ajuda nossos funcionários e clientes a serem mais produtivos, mas que seja segura”, afirmou Lidiane.
“Muitos profissionais não têm acesso à informação, que hoje ainda fica muito restrita àqueles com mais recursos. Mas com a transformação da IA, o conhecimento está mais acessível do que nunca, o que implica em mudanças emocionantes para a força de trabalho global. A tecnologia pode começar a nivelar o campo para a igualdade, e as lideranças têm uma enorme responsabilidade para realmente desbloquear a inclusão de talentos e apoiar a democratização das habilidades”, analisou.
Segundo Lidiane, o futuro do Slack é expandir ainda mais o que a companhia já vem fazendo com sucesso.
“Há muitas oportunidades e estamos apenas no início da nossa jornada. Estamos vendo um dos maiores avanços tecnológicos das nossas vidas e todas as empresas estão tentando descobrir o que isso significa para elas, avaliando os impactos no seu modelo, seus processos e sua força de trabalho.”
Ela observa que o Slack tem se tornado uma plataforma ainda mais essencial nas organizações, com empresas tentando cada vez mais orientar seus funcionários para os processos e as ferramentas certas.
“O Slack tem se tornado uma ferramenta crucial ao apoiar as estratégias de transformação das empresas”, pontuou. Lidiane acrescenta que o Slack sempre esteve aberto a todos os sistemas, e a companhia espera seguir conectando aplicativos, integrações e ferramentas para agregar ainda mais valor aos usuários.
*A jornalista viajou a São Francisco a convite da Salesforce
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