Saiba como as redes sociais podem alavancar a sua carreira e o seu negócio!
(Foto: Pexels)
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10 min
•
2 dez 2021
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra
Todo profissional deve ser um influenciador digital? Talvez. A ideia assusta, eu sei. Mas produzir conteúdo nas redes sociais pode alavancar a sua carreira e o seu negócio. Isso porque, quanto mais visibilidade você tiver, maiores serão as chances de promover a sua empresa e o seu marketing pessoal.
Isso não significa, no entanto, que você deve ser influencer digital. Não entendeu? Calma. Eu explico. Existe uma diferença entre criador de conteúdo e influenciador digital. No primeiro caso, a internet não é a profissão da pessoa — em outras palavras, não precisa ser encarado como um trabalho. Seria uma espécie de vitrine pessoal. Já a segunda sim.
Ajudando a atrair clientes e a encantar recrutadores. Isso porque, “o conteúdo postado tem um papel importante na construção da sua imagem", diz em entrevista à StartSe Rafa Lotto, head de planejamento e sócia da YOUPIX, consultoria de negócios de influência e marketing digital.
“Ajuda a ganhar notoriedade, ser visto como um profissional diferenciado, especialista e grande conhecedor do seu mercado — o que consequentemente pode encurtar o caminho [para alcançar o sucesso na carreira e no negócio]”, conta Tais Targa, psicóloga, especialista em carreira e LinkedIn Top Voices.
Não tem resposta certa. Vai depender do seu objetivo. Para Carolina Martins, psicóloga e especialista em carreira, “não é preciso usar a internet como profissão. Se quiser usar, ok. Mas não precisa encarar como um trabalho. No entanto, é importante estar presente nas redes sociais e mostrar para as pessoas e para as empresas as suas habilidades profissionais.”
“Muitas pessoas têm o tabu de que se vender é algo ruim. Mas gente, qual é o problema nisso? Você está ali para mostrar o seu trabalho. Acho que tem que acertar o tom de acordo com a empresa e a cultura do lugar”, diz Nubia Mota em entrevista à StartSe.
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Além disso, o “profissional de destaque — principalmente os influenciadores — tem uma característica: é obcecado por aquilo que produz. No bom sentido, é claro: ele ama o que faz. É um profissional que estuda e investe na sua capacidade de comunicação e expressão”, afirma Tais.
Dito isso, “é importante pensar no seu objetivo com o conteúdo, pois a sua estratégia deve ser desenhada a partir disso”, diz Rafa Lotto, head de planejamento e sócia da YOUPIX.
Se você está começando do zero ou se está em um momento de repensar o conteúdo, a especialista aconselha responder as perguntas:
– Por que você cria conteúdo?
– Você fala sobre o que?
– Qual é a sua visão sobre o tema?
– Qual abordagem inovadora você traz?
– Você cria conteúdo para pessoas que…
– Quando elas consomem seu conteúdo se sentem…
– Seu conteúdo é útil para por quê...
– Você quer ser um tipo de criador que…
E se você quiser ficar ainda mais um passo à frente, que tal apostar no metaverso? Você pode criar um avatar seu. Já que há quem diga que eles serão os novos influenciadores virtuais.
Depende. “Conheça as plataformas e saiba quais delas são melhores para o seu conteúdo. Mas lembre-se que a plataforma pode mudar, as pessoas podem migrar para outros lugares, mas se você construir algo de valor, o conteúdo e sua comunidade sobrevivem. Não é sobre seguidores, é sobre o valor que você entrega para eles”, conta Rafa.
Outra dica é: “se você atua na área de gestão, o LinkedIn pode ser uma boa rede social. Se trabalhar com criação seria legal ter portfólio no Instagram. Se a especialização for em cinema seria legal produzir conteúdo para o YouTube. As mídias sociais variam de acordo com a sua área de atuação”, afirma Carolina Martins, psicóloga e especialista em carreira.
Nesta matéria, Erica Firmo, executiva do LinkedIn ensina como usar a rede social
Avalie os prós e os contras antes de decidir ser criador de conteúdo ou influenciador digital. Isso porque, a atividade demanda tempo, e se você não souber administrá-lo, poderá reduzir a sua produtividade. Além disso, outros cuidados devem ser tomados, como:
“Não publique conteúdo não autoral sem citar a fonte e verifique a veracidade dos conteúdos. É importante não disseminar informações de origem duvidosa", diz Andressa Rosa, Social Media da StartSe.
“Outro cuidado é o tom de voz da mensagem e o tipo de linguagem que você usa com o público. Discursos autoritários podem passar uma imagem negativa. Lembre-se: as pessoas te seguem por algum motivo — seja para aprender ou se inspirar”, completa.
“Prepare o seu psicológico para lidar com as críticas. Se você for discreto e não gosta das redes sociais, é melhor não insistir”, afirma Tais Targa.
Para Andrea Massei, advogada e sócia da área trabalhista do Machado Meyer, trata-se de uma questão complicada de responder porque tem várias nuances. “Mas a regra básica é: a liberdade de expressão é constituída a todos. Portanto, o empregador não tem o poder de controlar a vida pessoal do empregado”, diz a especialista. “No entanto, a liberdade de expressão tem alguns limites. Precisa ser analisada”, completa.
“Falar na internet que a empresa é ruim. Não pode fazer isso porque fere a imagem do empregador. Essa manifestação deve ser feita nos canais apropriados”, conta Andrea.
Além disso, caso o colaborador faça postagens que vão contra a cultura organizacional, a empresa pode demiti-lo, “porque o comportamento não estaria alinhado com a cultura e com o comportamento que a empresa espera dos empregados”, afirma. Afinal, “ o funcionário carrega consigo, de alguma forma, a imagem da companhia.”
“Em tese, não se pode proibir o empregado de curtir algo que o concorrente tenha feito. (…) Mas precisa avaliar caso a caso. No caso de presidente da empresa é ruim, por exemplo, que curta os conteúdos ou poste algo sobre o concorrente, porque a associação do nome é muito grande à empregadora. A regra geral é: vai depender da posição, da relevância dele na hierarquia, do tipo de postagem”, diz Andrea.
O mercado de criadores de conteúdo está em polvorosa. Para você ter uma ideia, o Brasil se tornou o país mais impactado por influenciadores digitais, segundo um estudo da Statista. Além disso, 65% das pessoas seguem algum influenciador digital nas redes sociais e 18,5% já foram influenciados durante o processo de decisão de compra, de acordo com dados da Opinion Box.
Os números vão ao encontro do estudo da pesquisa de ROI e Marketing de Influência 2021, feita pela YOUPIX. 86,5% das empresas disseram que trabalhar com influenciadores traz resultados que nenhum outro tipo de comunicação digital pode trazer. “Isso também se refletiu no budget das marcas: as quantidades de empresas investindo mais de R$5 milhões por ano dobrou”, conta Rafa Lotto.
“E é sempre importante deixar claro que: influência é pouco sobre fama e riqueza e tudo sobre conteúdo e empreendedorismo”, finaliza Rafa Lotto, head de planejamento e sócia da YOUPIX.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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