A maioria das Big Techs possuem um leque de diversos produtos e serviços e, ainda que se especializem em alguns, seu verdadeiro forte é a tecnologia. A empresa de Jeff Bezos faz jus a isso.
Sede da Amazon (foto: divulgação)
, Produção de Conteúdo
10 min
•
29 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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No ano da imprevisibilidade, o mundo acompanhou um decréscimo nas vendas e receita da Amazon em 2022, o que acarretou na queda das ações e demissões de mais de 10 mil funcionários. Para combater tal efeito e continuar crescendo, a empresa resolveu apostar no que tem de mais promissor.
Uma vez que estamos na era dos dados, os serviços de inteligência artificial, reconhecimento e análise de dados, bem como armazenamento em nuvem, estão em alta. É por esse motivo que a Amazon Web Services (AWS) vem sendo o grande foco da empresa no momento (e no futuro).
Enquanto o setor de vendas demite em massa, são esperadas grandes contratações para trabalhar na AWS, juntamente com a ampliação e construção de novos data centers da operação no ano seguinte.
Em entrevista, Matt Garman, vice-presidente sênior das equipes de vendas e marketing da AWS, afirmou estar otimista e na grande expectativa de crescimento para o setor. “Nosso negócio ainda está crescendo rapidamente. Prevejo que adicionaremos mais funcionários no próximo ano”.
Segundo Garman, o sucesso do crescimento da equipe de AWS, deve-se ao fato de que o projeto começou do zero há dois anos, tendo portanto um crescimento exponencial natural. Apesar de ter um crescimento anual mais lento desde os resultados divulgados pela Amazon em 2014, a AWS contabilizou US$ 20,5 bilhões em vendas no penúltimo trimestre do ano, aumento de 27% em relação ao trimestre anterior.
Em novembro, a organização anunciou mais de R$ 5 milhões destinados a contratações para a unidade de nuvem para treinar 20 mil pessoas no Brasil até 2025. O projeto visa causar impacto socioeconômico ao habilitar e capacitar pessoas de grupos minoritários e vulneráveis para trabalharem com tecnologia.
A ONG Escola da Nuvem receberá parte dos investimentos que, futuramente, serão utilizados para a criação de turmas de capacitação gratuita, baseadas no programa AWS re/Start. Além da parte técnica e treinamento para a nuvem da empresa, os alunos serão capazes de aprender habilidades importantes para a carreira de tecnologia.
Segundo Chris Sullivan, diretor global de parcerias da AWS, “o mercado de TI precisa urgentemente de profissionais mais capacitados. Temos o compromisso de investir na qualificação de desenvolvedores, alunos e na próxima geração de líderes de TI no Brasil por meio de nossos próprios programas e colaborações com instituições de ensino, clientes e ONGs, como a Escola da Nuvem”.
Além de todo o trabalho de integração econômica e impacto social, a parceria pode aumentar em US$ 63 bilhões o PIB brasileiro nos investimentos em tecnologia e cloud computing.
Ainda no final de novembro, ocorreu o AWS re:Invent, um evento da Amazon com o inuito de apresentar as maiores novidades no setor de T.I. Nele foi anunciado o AWS Clean Rooms, o mais novo serviço de analytics da empresa.
Com o AWS Clean Rooms, empresas de diversos setores terão a possibilidade de utilizarem dados de forma colaborativa. Os dados de usuários servem para entender melhor seus padrões de consumo, oferecendo-lhes melhores produtos e serviços, além de aprimorar a experiência do cliente.
Ainda, é necessário estar atento ao controle de proteção e privacidade de dados, o que gera um tempo e gasto complexo com cibersegurança e ferramentas, o que faz com que empresas muitas vezes limitem a movimentação de dados.
O novo data room da Amazon AWS permite a colaboração de outras empresas em um data room seguro e confiável, em poucos passos. Este é só mais um dos exemplos de inovação e expansão na área mais promissora dentro da empresa.
Também foram anunciadas três novas instâncias do Amazon Elastic Compute Cloud (EC2), parte do projeto de chips e desenvolvimento de melhoria de desempenho e escalabilidade de nuvem ao melhor custo, além de oito novos recursos do Amazon SageMaker, serviço de machine learning da empresa, para resolver rapidamente problemas de controle de dados.
Em suma, o setor de internet e dados é, certamente, a grande aposta de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo para o próximo ano. Organizações Infinitas, independente do setor de mercado, estão cada vez mais atentas para captação e utilização de dados, bem como o que fazer com os mesmos.
A inteligência artificial, também presente no departamento de cloud computing da Amazon, é uma das tecnologias mais visadas para 2023, sendo mais especulada do que nunca. Aliar o ESG com crescimento da empresa, também é uma estratégia fundamental das Organizações Infinitas e, ao que tudo indica, será a grande responsável por reverter o quadro de queda da Amazon.
No Podcast Organizações Infinitas, estamos sempre falando da Amazon e das estratégias das Big Techs para permanecerem relevantes e acompanharem as rápidas transformações da Nova Economia. Confira os melhores momentos no canal:
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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